F1

Comandante Oliveira conta como surgiu seu interesse em Fórmula 1

Waldemir Hermes de Oliveira, mas seu nome de guerra na aviação é Comandante Oliveira, com 72 anos, nascido em São Paulo/SP, vive agora perto de Londrina.

Hoje em dia ele mora entre Ibiporã e Sertanópolis, em um sítio, Ele tem sua família que mora toda em Londrina, mas ele vai lá só em último caso, pois ele gosta mesmo é de morar no sítio.

Ele passou toda a sua infância Londrina, mas acabou voltando para São Paulo porque ele fazia uns vôos pequenos em Londrina, para fazendeiros.

Depois ele estudou, entrou na Vasp em São Paulo ficando, e chegou a ficar 7 anos e várias outras empresas que ele trabalhou: na Líder Táxi Aéreo, na Interbrasil, voou para o governo de São Paulo, com Mario Covas (durante 5 anos), com Alckmin (durante 5 anos).  E em 1989 ele recebeu o convite do Ayrton Senna.

“Olha eu nem tenho muita lembrança de quando eu comecei assistir F1. Desde quando já passava na televisão, nos tempos antes do Emerson Fittipaldi, pois ele foi campeão em 1970 e 1972, mas nos anos 60 eu já ia para Curitiba assistir, naqueles carros de turismo.

Eu já era ligado em automobilismo, sempre fui ligado em automóvel, automobilismo e desde os anos sessenta, eu já acompanhava o Emerson, antes dele ir para Fórmula 1. Ele andava com protótipo, carros de turismo, Fórmula Vee, antes dele ir para Fórmula 1 e tudo mais”, diz Comandante Oliveira.

Quando Comandante Oliveira era criança, ele pensou até em automobilismo, mas a aviação foi mais forte para ele. Seu pai era piloto, tinha um avião de táxi aéreo e eles sempre voavam juntos.

Seu pai que lhe ensinou a pilotar, antes de ir para o clube, já voava no avião do seu pai, isso em 1965, 1966. E aí começou toda a sua carreira, durante 40 anos.

“Quando você se dedica em uma coisa só, eu fiquei sem tempo e logo fui para São Paulo. E também fiquei sem tempo para me dedicar a outro esporte. Ali era meu, era meu hobby, meu trabalho e tudo mais e até ajudou a construir a Transamazônica, pousava na estrada mesmo”, diz Comandante Oliveira.

Oliveira acompanha o Ayrton Senna desde a Forma Ford, Fórmula Ford 2.000, Fórmula 3, antes de ir para Fórmula 1 em 1984. Era muito difícil porque naquele tempo não tinha transmissão direta dessas formas. Só tinha Fórmula 1 mesmo e muito mal, de vez em quando, no videoteipe.

E ele já falava que o cara era bom, pois ele ganhou num campeonato lá na Inglaterra. De 12 corridas Senna ganhou 10. Com isso Oliveira já começa a ficar esperto. Brasileiro, o jeito que ele era, com aquela personalidade dele. Aí ele já ficou ligado.

Ele lembra que tem até gravado em fita VHS, mas está tudo mofado, ele perdeu quase tudo, uma entrevista dele com Galvão Bueno, no início de 1984, onde o piloto ainda não estava na Fórmula 1 ainda.

Aí nesse mesmo ano o piloto entrou na Toleman. Em 1985, ele já foi para Lotus, já ganhou a primeira corrida lá em Portugal. E, com isso Oliveira ficou fã do Senna. Então ali ele já acompanhou mesmo direto, tinha Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno, Maurício Gugelmin, todos esses pilotos brasileiros, mas ele era concentrado mesmo no Ayrton Senna.

O Senna era fora de série e com aquele jeito dele, aquela brasilidade que ele tinha, do nome do Brasil que ele gostava, que era brasileiro mesmo ferrenho.

“Hoje eu não tenho ídolo, Ayrton Senna é único. Depois que você tem um Ayrton na sua vida, eu tive pessoalmente com ele, pois além dele ser meu patrão, ele era um amigo. A gente convivia aquele tempo todo. Ficava sete meses correndo na Europa, não voltava para o Brasil, só voltava no final do ano.

Eu convivi muito, fiz uma amizade, sempre separando, claro, um empregado do patrão, mas a gente tinha isso aí. Então não tem hoje um ídolo, eu gosto de alguns pilotos, claro. No tempo do Massa, do Rubinho eu torcia para eles, mas não é aquela coisa do Ayrton, principalmente o carisma que ele tinha” diz Comandante Oliveira.

Oliveira admira o Leclerc, o Hamilton, Schumacher e vários outros ali. Ele queria ver o Schumacher disputar mais com Ayrton Senna, porém não deu muito tempo. Mas nenhum deles chegava ao nível do Senna.

Depois que Senna morreu ele continuou assistindo automobilismo porque é o tal negócio, ele sentiu tudo e, quem não chorou, quem não passou mal, quando ele morreu?

Mas ele continuou assistindo porque ele gosta do automobilismo, independente de qualquer outra coisa. Tanto que Oliveira corre até hoje no seu Fusca, no seu Speed. Inclusive esse ano ele ia correr, mas com esse Coronavírus parece que não vai ter corrida.

“Só complementando a parte de piloto de hoje eu acho que é Leclerc. Ele é realmente é um piloto que pode ter um belo de um futuro, na hora que ele crescer um pouco mais, mas é um piloto diferenciado, é o futuro da Fórmula 1.”, diz Oliveira.

Para Oliveira, o Vettel já estagnou, o Hamilton daqui a pouco vai bater tudo que é recorde. Ele já está quase batendo os recordes do Schumacher. Mas o Leclerc, para é o melhor. Se ele continuar nesse ritmo, um cara veloz, um cara que é bom de braço, mas precisa amadurecer, lógico.

“Senna foi pra mim foi o maior ídolo do Brasil. Tem jogador Pelé, mas cada um no seu departamento. Claro, Pelé, maior jogador do mundo, como Ayrton foi o maior piloto do mundo, isso ninguém discute. Pode ser o cara mais torcedor de outro piloto, mas tem que reconhecer, e o mundo inteiro reconhece”, diz Comandante Oliveira.

Ayrton foi, para Oliveira, o maior piloto de todos os tempos, até hoje. Mais que Fângio, que na época dele era meia dúzia de carro e era diferenciado e pegou o carro bom. Já o Ayrton não, com um carro ruim, ele tirava algo da cartola porque ele era diferenciado.

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