Márcio Renzo tem uma grande admiração pelo Ayrton Senna
Marcio Rogério Renzo, nascido e ainda morando em São Paulo/SP e começou a acompanhar a Fórmula 1 ainda criança, acha que tinha uns 8 anos e tem como ídolo Ayrton Senna.
Hoje, Márcio com 47 anos, adorava acordar nas manhãs de domingo e escutar aquele barulho dos roncos de motores vindo da TV, ouvir, à época o Léo Batista, ele acha que foi a primeira a voz que mais se lembra depois de Galvão Bueno lógico, na narrativa desse esporte.
Era instigante toda aquela competição nas pistas ver grandes pilotos como Niki Lauda, Alain Prost, Mansell, Nelson Piquet, Berger e Ayrton Senna.
Com certeza era um sonho dele quando criança em ser piloto, principalmente porque ele movia em suas brincadeiras. Os carrinhos de rolimãs nas ladeiras (risos). A disputa era o que mais nos empolgava, a adrenalina, mas infelizmente é um esporte caro e não tinha condições.
Márcio tem dois casos: um tem a ver com a sua atração pelo automobilismo e o outro com seu grande ídolo na Fórmula 1. Na década de 80, o mais próximo que ele tinha contato com esse meio era através do Autódromo de Interlagos (nessa época ele morava perto).
Quando ele ouvia os barulhos dos motores dos stock-cars dava uma “fugidinha” de casa para tentar vê-los. Para isso dava a volta no autódromo e subia nos muros do lado posterior à grande reta. Os grandes nomes da época eram Ingo Hoffman, Chico Serra e Paulo Gomes.
“Ver e ouvir aquele ronco dos opalas (carro usado pela categoria) estou mostrando a minha idade (rs), fazia a gente tremer por sobre os muros e em uma dessas vezes, durante a volta de desaceleração, o Ingo Hoffmann passou acenando para a gente. Aquilo foi o “máximo”, pois fomos percebidos por aquele grande ícone do esporte”, diz Márcio.
“A outra história, já no universo da Fórmula 1, quem acompanhou o grande prêmio do Japão em 1991, onde Ayrton Senna conquistaria seu 3º campeonato mundial, foi palco de uma das que para mim foi a maior forma de humildade dentro do esporte deste ídolo brasileiro, ao deixar o seu sempre fiel escudeiro, Gerhard Berger, o ultrapassar na última curva da última volta para conseguir sua primeira vitória”, diz Márcio.
Naquela corrida, Ayrton Senna poderia chegar até atrás de Nigel Mansell, seu adversário direto, que já se sagraria campeão. Portanto a estratégia era manter o Mansell atrás, uma vez que Senna e Berger ocupavam a primeira fila. Mansell (Leão como era chamado), tentando fortemente passar Ayrton, mas perdeu a direção e foi para a “brita” deixando o caminho livre para Senna e Berger desfilarem com suas McLaren. Foi emocionante!!
“Meu maior ídolo foi Ayrton Senna da Silva, grande piloto, grande cidadão. Ele representava o que o Brasil tem de melhor, dentro e fora das pistas. Dentro das pistas era um piloto íntegro, que buscava cativar a todos”, comenta Márcio.
Preocupava-se com a situação dos pilotos, principalmente no quesito segurança para a categoria, observado grandemente na fatídica semana que antecedeu sua morte.
Naquela semana, durante os treinos de classificação que resultou no ferimento sério do Rubinho (Barichello) e da morte do piloto Roland Ratzenberg, no sábado.
“Nas imagens da época via que Ayrton Senna estava visualmente abalado e até tentou que o Grande Prêmio de Ímola fosse cancelado. O que não acabou ocorrendo e culminou em sua morte no dia 1º de maio de 1994, o domingo mais triste da história do esporte, para mim”, diz Márcio.
Fora das pistas, sempre se dedicou a filantropia, principalmente ligados à crianças e jovens carentes. Após sua morte deixou como legado o Instituto Ayrton Senna, que capitaneado por sua irmã Viviane Senna, é umas das organizações sem fins lucrativos de maior respeito no país.
Isso provou que, mesmo após sua morte, Ayrton Senna deixou a maior mensagem que poderia transmitir: que o amor ao próximo não se finde com a morte de seu idealizador, mas que se perpetue pelo exemplo de suas ações! É emocionante falar sobre ele.
Ele fala que não pode definir como ídolo, mas admirava bastante Nelson Piquet e Alain Prost. Ambos por seus desempenhos na pista. Nelson Piquet por ser o brasileiro de maior expressão no esporte naquele momento e Alain Prost pelo conjunto de sua obra.
Apesar de ser um grande rival de Ayrton Senna nas pistas muitas vezes proporcionado cenas bem pitoresco. Um exemplo foi a briga que os dois tiveram 1989, em que os dois colidiram durante a corrida e Prost acabou por ficar de fora, porém ele recorreu a direção da prova, fato que culminou na suspensão de Senna por seis meses e a conquista matemática do campeonato por Prost. Porém foi um grande piloto.
Quando Márcio fala sobre qual melhor carro, ele diz que é difícil de responder. Para ele, a Ferrari e a McLaren devem dividir este pódio, em sua humilde opinião.
Se observar ao longo da história da Fórmula 1, a Ferrari por sua constância e hegemonia ao longo dos campeonatos merece todo o respeito, principalmente durante a “era” Schumacher. Porém a McLaren, principalmente sob o comando de Ayrton Senna e Alan Prost teve seu momento.
“Creio que ambas escuderias ocuparam seus espaços, principalmente por conta dos grandes pilotos que estiveram por detrás de seus volantes. Em muitos momentos em que o carro perdia em competitividade, os pilotos se sobressaiam e compensavam esse déficit”, diz Márcio.
Lewis Hamilton é um piloto ainda jovem que apresenta uma constância nos resultados brilhante. Ele crê que veio para complementar a história da Fórmula 1, após Schumacher. Vem batendo recordes e tem bastante “lenha para queimar ainda”.
Na atualidade a escuderia Mercedes é a melhor, pela constância que vem apresentando nos últimos anos. A decisão da marca em deixar de fornecer motores apenas às escuderias e sair com uma equipe completa, foi decisivo para as conquistas. Tem trazido um carro equilibrado e rápido.
Ele ainda diz que o novo modelo W11 para este ano trarão surpresas. Ele espera que passe logo essa crise mundial para que possa voltar a acompanhar este esporte fascinante.
“É sempre complicado citar exemplos para a garotada, pois é difícil de relacionar à figura de alguém. Mas neste caso é simples, pois se mirem na figura do esportista, pessoa e ícone do esporte mundial, Ayrton Senna da Silva.
Trace suas metas e se esforcem ao máximo para atingi-las, pois o “sucesso” só vem antes do “trabalho” no dicionário. Uma vez Senna disse: ‘Seja quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá’. Não desistam de seus sonhos”, finaliza Márcio.
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