O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), negou nessa terça-feira (18), a anulação do jogo entre Botafogo e Palmeiras por 1 a 0, em partida da sexta rodada do Campeonato Brasileiro, em Brasília. O julgamento aconteceu nesta tarde, na Faculdade Baiana de Direito, em Salvador (BA).
A votação do STJD terminou com o placar de 9 a 0 contra a anulação do jogo. Os auditores foram Arlete Mesquita, Mauro Marcelo de Lima e Silva, João Bosco Luz, Décio Neuhaus, José Perdiz e Antônio Vanderler, além do vice-presidente administrativo Ronaldo Piacente, o vice-presidente Otávio Noronha, sub-procurador Leonardo Andreotti e do presidente Paulo César Salomão Filho.
De acordo com o Presidente do Tribunal, Paulo César Salomão Filho, houve apenas erro de procedimento do VAR. Apesar da derrota, o Botafogo ainda pode entrar com um recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), com sede na Suíça.
Portanto, os três pontos voltam a ser computados para o Palmeiras na tabela de classificação. Em vez de 22 pontos, o time paulista passa a contar com 25 pontos em nove rodadas.
O Botafogo pediu o julgamento com uma ação no STJD pedindo a anulação do confronto, alegando o uso irregular do VAR, no jogo válido pela 6ª rodada do Brasileirão, e que terminou com vitória do Palmeiras por 1 a 0, com gol marcado por Gustavo Gómez, em cobrança de pênalti.
No início do julgamentos, foram exibidos diversos ângulos, com todas as câmeras disponibilizadas aos árbitros de vídeo e também as de transmissão, e tudo enquanto o áudio da comunicação com o árbitro principal era transmitido.
– Segura, segura, Paulo. Não inicia. Aguarda, aguarda, aguarda – dizem os operadores de vídeo, assim que o goleiro do Botafogo, Gatito Fernández, cobra o tiro livre indireto.
– OK, OK, OK, mas fala antes – responde o árbitro, depois de efetivamente paralisar a partida em Brasília.
O árbitro negou ter reiniciado a partida. De acordo com a regra, em situações de cartões – antes da revisão, Deyverson chegou a receber amarelo por simulação -, é preciso apitar.
– Como o Botafogo cobra rápido (o tiro livre indireto), porém era situação de cartão amarelo, e eu não tinha autorizado, eu já paraliso a cobrança, porque pela regra não tinha utilizado o apito – disse o árbitro, nesta terça-feira, antes de ser questionado se o movimento de esticar o braço não significa autorização para o reinício do jogo.
O pedido Alvinegro foi por impugnação do jogo por entender, com base na regra 5 da FIFA e no protocolo 8.12 do VAR, que a decisão foi revista com a partida já reiniciada em tiro livre indireto. Daí até a apreciação do caso pelo STJD, nesta terça-feira, os três pontos conquistados na partida foram momentaneamente retirados do Palmeiras na tabela de classificação.