Fluminense

Análise: Fluminense de Diniz parece estar brincando no playground do prédio

Tricolor dominou o Madureira desde o início da partida

O Fluminense enfrentou o Madureira e mais uma vez encontrou facilidades para vencer o adversário. Méritos para Fernando Diniz, que acabou de chegar e já está dando sua cara ao time. Tudo bem que o Madureira, com apenas 1 ponto em 12 disputados, não ofereceu muitos riscos ao Tricolor das Laranjeiras, mas o sistema defensivo também joga de forma sólida e evita sustos ao torcedor.

Fernando Diniz à beira do campo: Fluminense entendeu rápido o estilo do treinador. (Foto: Lucas Merçon / Fluminense)

Com 68% de posse de bola e 609 passes trocados, o Fluminense entra em campo sem parecer ter pressa para marcar o gol, sabendo que ele vai sair naturalmente a qualquer momento. Com muitas inversões de jogo e muita troca de posição no campo de ataque, o time vai aos poucos abrindo espaços na zaga adversária. Yony González e Luciano jogam sem posição fixa. Ora o colombiano está avançado, ora o brasileiro. E isso tem confundido muito os marcadores, dando espaço para Everaldo aparecer por trás e fazer infiltrações.

O time tricolor parece ter assimilado de forma rápida a forma de jogar de seu novo treinador e não tem medo de trocar passes. E quando eu digo que não tem medo é porque não tem medo mesmo. Quando a defesa adversária está fechada, o time volta à sua defesa e começa a trabalhar por lá, inclusive com o goleiro Rodolfo. E mesmo que o adversário pressione, o Fluminense insiste em sair tocando. Por diversas vezes foi assim, e o torcedor pode se acostumar e também preparar o coração porque fortes emoções vêm por aí. Chutão só em último caso.

Pontos positivos: paciência para buscar o gol sem pressa, a rápida aprendizagem do estilo do técnico e individualmente as atuações de Luciano, que melhorou muito do que mostrava no ano passado; Yony González, que acabou de chegar e parece já estar totalmente adaptado ao futebol brasileiro, com 4 gols e 1 assistência em 3 jogos; e Mascarenhas, que foi muito seguro na defesa e muito incisivo no ataque. A priori, Marlon começaria a temporada com o titular da lateral-esquerda, mas por problemas com a regularização, Mascarenhas e começou o ano como titular e suas atuações são um indício de que Marlon não vai conseguir a vaga facilmente.

Pontos negativos: a busca excessiva por cruzamentos na área ao invés de trabalhar melhor a bola e individualmente as atuações de Nathan Ribeiro, que deu muitos espaços ao ataque do Madureira; Aírton, que visivelmente está fora de forma; Daniel, que não se encontrou na partida; e Ezequiel, que além de ter ido mal na partida, foi responsável por 11 dos 30 cruzamentos na partida, errando 7 desses 11.

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