Campello sobre a final: “O que deve ser feito é respeitar o regulamento”
O jogo ficou sem torcida durante os primeiros trinta minutos. Depois disso, os vascaínos preencheram o Maraca para empurrar o time para a vitória.
Regulamento conturbado. Assim o Vasco bateu o Fluminense na caótica final da Taça Guanabara. Isso porque ambos os clubes queriam utilizar o Setor Sul do Maracanã, que ficou mais da metade do primeiro tempo sem torcedores, devido a uma decisão judicial.
Confira as principais respostas de Alexandre Campello na coletiva após o jogo:
AÇÕES DO PRESIDENTE
“O Vasco desde o início trabalhou de forma ordeira tentando manter civilidade, a tranquilidade em relação ao torcedor e a segurança. Essa foi sempre a nossa briga. Cumprimos aquilo que a Justiça determinou: paramos a venda”, disse o presidente Alexandre Campello antes de ser interrompido pela comemoração dos jogadores vascaínos.
“O Vasco sempre trabalhou para que o torcedor fosse privilegiado. Para que eles pudessem participar e estarem presentes na final da Taça Guanabara. Obviamente esqueceram um direito que é do Vasco, que sendo mandante poderia escolher o lado do estádio que iria ocupar. Direito esse que foi do Vasco durante 63 anos. Uma tradição que foi, de certa forma, usurpada por alguns anos”. – Campello
É UM MARCO PARA A HISTÓRIA DO VASCO?
“O Vasco sempre foi assim nos momentos difíceis. Os verdadeiros vascaínos se unem em torno daquilo que é interessante pro clube. E foi isso que nós vimos hoje. Desses últimos dois dias, lutamos muito para que o jogo pudesse ser realizado da forma como nós, mandantes, tínhamos programado. Nesse momento, alguns grupos de oposição em algum momento foram críticos a gestão, se uniram e ajudaram muito para que fosse possível a torcida do Vasco assistir o jogo e estar no Setor Sul”.
SITUAÇÃO DO VASCO EM RELAÇÃO A MULTA
“De certa forma, o juiz do JECRIM havia desconsiderado a nossa posição adotada pela Federação, pelos poderes legislativos, com participação da PM, o procurador de Estado e outras autoridades entenderam que o mais seguro era que a partida fosse realizada com a presença da torcida. Só depois, da partida iniciada e acontecendo aquilo que nós previmos, eu me dirigi até o JECRIM para falar com o juiz e tentei mostrar pra ele que o que nós estávamos lutando e alertando nessas últimas 48 horas estava de fato acontecendo. Não sei se por isso ou se por algum outro motivo, mas imediatamente após a minha saída do JECRIM eles acabaram liberando. Então não sei se cabe a multa”, disse Campello
O TÍTULO É A MELHOR RESPOSTA AO PRESIDENTE DO FLUMINENSE?
“A melhor resposta foi o que a equipe deu dentro de campo. Nós, durante todo esse processo, pregamos a paz e a tranquilidade, para que as pessoas fossem pacíficas e lutassem pelos seus ideais, mas que os torcedores se comportassem de forma pacífica. Entendo que o presidente Abad tenha se destemperado e perdido um pouco o eixo, acho até que não é o normal, me parece, pelo pouco que conheço, uma pessoa centrada, mas acredito que a grande pressão tenha o destemperado”, contou Campello.
O QUE FAZER PARA TER UM CAMPEONATO ATRAENTE?
“O que deve ser feito é respeitar o regulamento que o campeonato determina. Foi o que o Vasco fez. Eu tive o cuidado de ir a federação, de participar de duas reuniões com o presidente do Consórcio do Maracanã, com o presidente da FFERJ, que me asseguraram que jogando no Maracanã, pelo mando de campo ser do Vasco, eu tinha a opção de escolher o lado que a torcida ia ficar. Então eu tô lutando por um direito que é nosso. Eu não tenho nenhum contrato com o Fluminense, não existe nada do regulamento que me diz que eu tenho dar essa prerrogativa do lado que o Fluminense vai ficar. Acho que houve um erro por parte do Fluminense, que que deveria acionar só o Maracanã. Pelo bem do campeonato, eles deveriam fazer o que o regulamento manda”, concluiu Campello.