Flamengo

Rafinha é apresentado como jogador do Flamengo no Ninho do Urubu

Lateral-direito concedeu entrevista coletiva nesta tarde de terça-feira(25) ao ser apresentado e posou com a famosa camisa 13.

O novo reforço do Flamengo, Rafinha foi apresentado nesta terça-feira(25) no Ninho do Urubu. Posou para a imprensa como o manto sagrado e como já havia sido divulgado ele usará a camisa 13, que anteriormente pertencia a Miguel Trauco. O lateral-direito respondeu as perguntas dos jornalistas presentes, falando por exemplo sobre a recepção dos torcedores no desembarque, as diferenças entre o futebol alemão para o brasileiro e a expectativa para estrear no Rubro-Negro.

Marcos Braz abriu a coletiva 

– Estamos desde de janeiro costurando, muita gente envolvida, muitos agradecimentos a fazer mas que teve um final feliz. Alguns não acreditavam, mas aqui, o conselho de futebol do Flamengo, presidente, eu, o Bruno, tudo mundo sempre acreditou muito, só que tinha que ter paciência, entender essa operação, nos entendemos, Rafinha também entendeu e o final foi feliz. Multicampeão, um jogador que tenho certeza absoluta, é inquestionável, pelo histórico, pela história, oito anos no Bayern de Munique, um monstro alemão e agora é isso, ter a felicidade de estar com ele aqui, a experiência dele, essa relação com as vitórias, com as conquistas que ele sempre teve durante a vida. 

O Diretor de futebol Bruno Spindel, o Vice de futebol, Marcos Braz, Rafinha e Paulo Pelaipe, gerente de futebol. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.

O atleta  esteve ontem (24) no CT, conheceu as instalações, fez alguns testes físicos, treinou com o elenco e com o novo treinador Jorge Jesus. Um pouco antes da entrevista coletiva, o clube divulgou um vídeo nas redes sociais, desejando boas vindas ao atleta que aparece já com a camisa Rubro-Negra, dizendo: “14 anos de europa, muito sucesso, muitos títulos, foi muito bom. Mas resolvi voltar, faltava alguma coisa na minha carreira, sentir a energia de uma torcida que e única, diferente de tudo que já vivi, a maior do mundo. Alô Nação! to chegando vamos lutar, tudo pelo Flamengo!”.

Confira como foi a entrevista de Rafinha.

Novo desafio

– Tive várias propostas para continuar no futebol europeu, mas acho que meu ciclo na Europa chegou ao fim, tava em busca de um novo desafio e claro um clube da grandeza do Flamengo, foi o que me fez aceitar o desafio, o projeto do clube, a maneira que o clube se encontra, com toda estrutura, todo o planejamento, missão, acho que esse foi o fator determinante para minha vinda ao Flamengo. Gosto muito de samba, mas eu vim aqui primeiramente para trabalhar e jogar, vim para competir e claro no final do  ano tem muito tempo pra gente descansar mas eu vim aqui para conquistar títulos, esse é meu objetivo.

Cobrança 

– Já tô acostumado, joguei no Bayern de Munique 8 anos, 5 anos no Schalke, são clubes grandíssimos na Alemanha, na Europa e também lá cobrança é diária. Campeão hoje, amanhã já não vale mais nada, tem que se preparar para próxima. Então tô acostumado com isso, sei que tem muita cobrança aqui no Flamengo, da torcida, de todas as pessoas que acompanham mas com razão porque é um clube tão grande, com grandes jogadores, mas tô preparado para esse tipo de cobrança. Já não sou mais nenhum menino.

Recepção no aeroporto

– Legal, fiquei muito feliz, já fazia 14 que estavam no futebol europeu e não é comum essa recepção pelo lado da Europa. Foi uma coisa que achei muito legal, ver o carinho dos torcedores ali no aeroporto, até se arriscando, algumas senhoras perto daquele empurra empurra e querendo dar uma palavra de incentivo, tentando passar um carinho. A torcida do Flamengo é uma coisa única, eu tive a oportunidade de ver alguns jogos esse ano, do Flamengo e não vejo a hora de jogar no Maracanã, lotado com a torcida empurrando, deve ser uma coisa que não tem explicação, quero ver de perto, só vi pela televisão. Quero sentir logo a força dessa torcida, que para mim é a melhor. 

Elenco do Flamengo e Jorge Jesus

– Fui muito bem recebido pelos jogadores, alguns eu já tinha jogado contra, outros já tinha encontrado na Seleção Brasileira. O Jorge Jesus, nunca  trabalhado junto mas conhecia da Europa, ele é muito vencedor, mais de 10 títulos no futebol europeu, na Europa é muito respeitado, é legal saber que um treinador desse calibre vem para o futebol brasileiro, isso vai trazer muita coisa boa para cá. 

Rafinha participou do treino desta segunda-feira(24). Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.

– Quando se tem grandes jogadores,  aumenta a vontade de participar, de estar no grupo. O Flamengo tem grandes jogadores, em todas as posições, são jogadores inteligentes, bons jogadores, experiências, todos com muita qualidade. Chegou para trazer mais coisa boa, experiência do futebol europeu e mostrar coisas novas do que vivi. Isso é válido, vai ser bom essa troca de informação, acho que isso só faz o bem para o Flamengo. 

Estreia

– Quanto a estreia, vou me preparando dia a dia, comecei a treinar ontem, tem tempo ainda, preciso de mais alguns dias para me preparar, ficar bem fisicamente e vamos ver isso aí para ficar à disposição do treinador.

Recepção no aeroporto

– Foi muito legal a recepção, fiquei muito feliz, na Europa não tem tanto esse carinho. Até umas senhoras se arriscando naquele empurra empurra, tentando passar uma palavra de apoio. A torcida do Flamengo é uma coisa única, não vejo a hora de chegar ao Maracanã. Quero sentir logo a força dessa torcida.

Melhor momento da carreira

– Estou no melhor momento da minha carreira, poderia ter ficado no futebol europeu e preferi vir para o Brasil, um dos maiores clubes do mundo. Esse foi meu desejo de voltar, por ter conquistado tudo, acho que esse era o momento, acho que essa volta é válida. Fiquei impressionado com a estrutura que vi aqui. Não fica atrás de nenhum europeu.

Atleta respondeu a todas as perguntas da imprensa. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.

Diferenças Brasil x Alemanha

– É totalmente diferente. Na Alemanha, se você chegar até a final da Champions, você disputa 52 partidas. E é normal você não jogar todas, você alterna. Vou me preparar para jogar o máximo possível, cada treinador sabe da carga que a gente precisa mas claro que não dá para jogar todas.

– Quando falaram que era inverno carioca, não quis perguntar como é no verão (risos). Vou ter que e adaptar, claro, o clima não vai ser problema, sou brasileiro, Londrina também é muito quente, claro não dessa temperatura mas vou estar preparado.

Negociação

– Já são quase dois anos que o Lincoln (empresário) me enche o saco para voltar para o Brasil. Aí, no ano novo, o Marcos Braz (VP de futebol) abriu mão da família e marcou uma reunião comigo em São Paulo. Ele teve papel fundamental nessa minha vinda ao Flamengo.

– Eu falei que queria vir para o Flamengo, que queria voltar, mas teria que ter paciência para o meio do ano, era uma coisa muito difícil uma mudança muito grande tanta no profissional quanto no pessoal. Mas deu tudo certo, eu mesmo também fiquei nervoso, queria dar uma resposta, mas sair pela porta da frente do Bayern de Munique para não ficar arranhado minha imagem. Essa paciência foi muito importante.

Guardiola

– O Pep foi um treinador que mudou muita coisa no futebol. Lembro que ele chegou no Bayern em 2013 depois da gente ganhar a tríplice coroa  e uma semana depois disse que não sabíamos nada. E tinha razão, teve essa visão, ele me colocou para jogar, colocou o Lahm no meio de campo e ganhamos muitas coisas. Uma pena não termos conseguido conquistar uma Champions com ele mas foi um treinador que me ajudou muito, depositou muita confiança em mim, foi bom. 

Vidal e companheiros do Bayern

– O Arthur gosta muito do Flamengo, sempre quando dava a gente assistia os jogos, é muito difícil de acompanhar o futebol Brasileiro na Europa mas ele sempre acompanha.

– Eu escolhi o Flamengo, Graças a Deus eu cheguei em um momento na minha carreira que eu pude escolher onde eu queria jogar. Já tive oferta de grandes clubes europeus e fico feliz pq meus companheiros de clube do Bayern de Munique sabiam do meu desejo e claro conhece também e sabe a grandeza do Flamengo.

Felipe Luis

– Já enfrentei ele algumas vezes, na Liga dos Campeões, ele é um grande amigo meu, a gente teve junto desde a seleção sub-17, nos encontramos na sub-20, na principal e claro é um grande jogador mas o restante não cabe a mim, falar sobre contratação. É um jogador que tem muita qualidade, tantos anos na europa, é um jogador vencedor.

Títulos eternizados como tatuagens

– Minha carreira foi sempre de títulos e eu gosto de eternizar, marcar essas conquistas e com certeza, vim aqui para isso, quero ser campeão no Flamengo. Esse clube precisa de títulos grandes, cheguei aqui com a mesma intenção de todo esse grupo, tenho certeza que saindo campeão, tem espaço para tatuar mais um taça.  

Camisa 13

– A respeito da camisa, eu liguei para o Trauco, já que número 13 me acompanha muito tempo, é um número que me dá muita sorte, que é eu tenho muita identificação. Deixei que ele ficasse à vontade, perguntei se não tinha problema mas ele liberou. Quero agradecer ele porque não é normal, você estar no clube com o número já há um tempo e chegar um jogador e pedir. Agora, vamos trabalhar.

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