O preparador de goleiros do Botafogo, Flávio Tênius, concedeu entrevista coletiva na manhã dessa quinta-feira, no estádio Nilton Santos. Flávio falou sobre a sua relação e envolvimento com o clube Alvinegro, que esteve presente na sua vida desde cedo.
“Passei quase a minha juventude toda no bairro de Botafogo. Quase todos da minha família eram botafoguenses, o Botafogo sempre foi muito forte na minha criação. Comecei no Bonsucesso e depois passei três anos no Botafogo. Depois vim trabalhar e estou aqui desde 2010, com uma breve saída em 2015. Estou trabalhando no lugar certo. Me dou muito bem com o clube, as pessoas aqui, os companheiros de trabalho. Tenho prazer em vir trabalhar. Tem a cobrança também, o que faz parte de qualquer grande clube. O Botafogo faz parte da minha vida.”
O preparador é um dos funcionários mais antigos e queridos do clube, pelo fato de formar goleiros de sucesso no Glorioso, como Jefferson e Gatito. Flávio deixou claro a torcida pelo goleiro paraguaio na seleção e que tem conversado diariamente com Gatito no período da Copa América.
“Tenho falado com Gatito quase que diariamente desde que se apresentou à seleção paraguaia. A relação do preparador com os goleiros é mais forte. Trabalhamos com poucos jogadores, a relação é mais próxima, mais íntima. Passo muito tempo com eles. A gente tem trocado ideias. Sou brasileiro, vou torcer pelo Brasil, quero que a Seleção vença, pois precisamos ganhar títulos e voltar ao cenário. Mas torço para que Gatito faça mais uma bela partida, faça seu melhor.” – comentou.
Flávio Tênius também não escondeu a vontade de voltar a trabalhar com o ex-goleiro Jefferson pela ligação que os dois tem com o clube. O preparador também comentou sobre Diego Cavalieri, sobre a sua chegada no clube e sobre ajudar dentro e fora de campo.
“Tenho essa vontade (de trabalhar com Jefferson) e tenho me preparado para isso. Ele nunca tinha me mostrado esse desejo. Abriu a cafeteria dele lá (interior de São Paulo). Até hoje não me trouxe uma latinha de café (risos). Ele fala que o café é bom, mas não manda para eu experimentar. Com a experiência que ele tem como jogador, acho importante se preparar para assumir uma função. Com a ligação que temos com o clube, seria legal trabalharmos juntos. Quem sabe?”
“Foi uma surpresa o nome de Cavalieri. A gente precisava de um novo goleiro e, quando surgiu o nome dele, todos aprovamos de imediato. Uma oportunidade especial. Ele foi quase que o responsável pelo título brasileiro do Fluminense de 2012 para mim. O que ele fez eu vi poucos goleiros fazerem. Passei a reparar mais nele depois disso. Ele sabia que chegaria para ser o segundo goleiro, não se importou, acreditou na oportunidade que o Botafogo estava oferecendo. É incrível, com a experiência e tempo de futebol, ele se mantém muito motivado, sempre quer treinar mais. Ele ajuda muito fora de campo também, com sua experiência aconselha os mais jovens.”