Salários atrasados é motivo de fechamentos dos portões em São Januário
Funcionários do Vasco fazem greve após ficarem três meses sem receber e gritam contra oposição
Na manhã desta quarta-feira o clima em São Januário ficou bastante tenso, os funcionários resolveram fazer uma greve bloqueando a entrada principal e desligando o fornecedor de energia elétrica do estabelecimento.
Os trabalhadores resolveram fazer uma greve no Estádio São Januário após ficar três meses sem receber. O protesto aconteceu na entrada da sede social do clube. Os funcionários fecharam os portões da entrada e deixou o ambiente sem luz, ocasionando a liberação dos alunos da escola do Vasco. A paralisação se encerrou antes do meio-dia logo após uma conversa com o presidente do clube, Alexandre Campello, que explicou a situação e prometeu pagar uma folha salarial.
Ontem, terça-feira (11), ocorreu uma votação para aprovar um empréstimo de R$20 milhões no Conselho Deliberativo, porém não teve sucesso por falta de quórum. Os alvos do protesto foram Roberto Monteiro, líder do grupo político Identidade Vasco, e Julio Brant, líder do grupo Sempre Vasco. Durante as reclamações na sede, os funcionários gritavam contra Monteiro e Brant, que também são da oposição do presidente cruz-maltino.
Na última semana, houve uma aprovação de R$10 milhões, mas ainda não conseguiu as garantias para obter esse dinheiro. Campello planeja pagar os atrasos de seus trabalhadores com esse dinheiro que já foi aprovado. Os jogadores também não estão com o salário em dia há dois meses. Maxi Lopez, Thiago Galhardo e Bruno Silva, foram os três atletas que saíram do clube esse ano por falta de recolhimento do FGTS.
Ainda sobre o cancelamento da reunião em que ocorreria um empréstimo de R$20 milhões, o presidente se revoltou e acusou a oposição de boicotarem esse encontro. Tendo um esvaziamento no Conselho, com 26 ausências de 45 da Sempre Vasco e 43 de 47 da Identidade do Vasco, que tem a liderança de Julio Brant e Roberto Monteiro, respectivamente. Para seguimento da reunião era necessário quórum de 151 dos 300, tendo apenas 126 conselheiros presentes.