A família de Plínio Barbarino tem um refúgio para reflexão
Quando Plínio Barbarino se mudou para Áustria, em 2016, e foi fazer sua primeira viagem para Itália a trabalho, e ele foi para uma cidade chamada Forli saindo de Bolonha e no caminho tem a cidade de Ímola (onde Ayrton faleceu).
Ele olhou e falou: “uau, eu estou tão próximo de Ímola”. Depois que o Ayrton Senna morreu ele não se desinteressou pela Fórmula 1, porque ele continuou assistindo. Porém, se afastou um pouco por causa do sentimento que ele tinha com o falecimento do Senna.
Quando ele viu Ímola, ele falou: “ah, eu quero ir em eu quero conhecer esse lugar e ali virou o que é, o que a gente pode chamar a minha meca. Eu vou te contar as histórias que eu tenho, eu viajei várias vezes pra até eu superar aquela frustração ou até superar aquela tristeza que tinha sido a morte do Ayrton Senna”.
A primeira vez que ele foi, em Abril de 2017 (foi no finalzinho do mês de Abril) e coincidentemente no dia 1º de Maio que se celebra o falecimento do Ayrton Senna existe no autódromo de Ímola o que eles chamam de Ayrton Day.
O Ayrton Day é o circuito onde é aberto ao público e todos podem andar na pista, podem andar de bicicleta, correr a pé. E Plínio foi para o circuito e pôde ir até a Tamburello, ele rezou pelo Ayrton Senna, não sem chorar, porque diz ele que chorou bastante.
Ele aproveitou e foi ver a estátua também, a escultura que foi feita em homenagem ao Ayrton, e lá foi outro lugar que ele chorou bastante. Ele foi visitar a Trattoria Romagnola que era o restaurante que ele normalmente comia em Castel San Pietro Terme. Plínio teve a oportunidade de sentar à mesa que ele sentava também, e também chorou bastante comendo a comida que ele comia.
Lá tem um menu, chamado Menu Senna que tem os pratos que Ayrton Senna gostava de comer no restaurante. Foi uma grande oportunidade de ir nesse lugar, ficou amigo do Paolo Liverani, que é o dono do restaurante e também ficou hospedado no Hotel Castelo e inclusive em várias oportunidades de ficar na suíte 200, que era a suíte que o Ayrton Senna usava.
Depois que ele passou por todas essas fortes emoções e chorando em cada lugar que ia, Plínio começou a superar aquele trauma que existia, aquela triste que existiu com a morte do Ayrton Senna e Ímola passou a ser um local de peregrinação para ele.
Plínio vai para lá 3, 4 vezes ao ano, pega o carro lá em Saint Paul tem dirige 800 Kms, chega em Ímola, vai nos mesmos locais, vou em um outro restaurante chamado Cané.
Com isso, ele foi desenvolvendo amizade com algumas pessoas da cidade, foi fazendo amizade com algumas pessoas em Ímola, em Castel San Pietro Terme Dozza e passou a ser um frequentador.
Então, quando Plínio precisa pensar, quando ele tem algum problema muito pesado para resolver, ele dirige até Ímola, até Castel San Pietro Terme, fica lá um final de semana, ou 4, 5 dias pensando na vida e volta livre, leve e solto com as soluções para as coisas que ele estava querendo resolver.
Ímola como circuito traz para os brasileiros aquele sentimento de tristeza, isso é uma realidade, mas ao mesmo tempo, é um lugar extremamente lindo é um lugar calmo, existe uma paz muito grande.
A associação de morte, para Plínio, de Ímola com Ayrton Senna ela existe porque ele sabe da história, mas ela não traz a tristeza e a melancolia que muitas pessoas tem. Plínio não tem raiva de Ímola, muito pelo contrário, Ímola é um lugar que faz muitas pessoas se mexerem.
Como Plinio relata, muitas pessoas foram para lá, muitas pessoas saíram do “comodismo” e foram atrás para conhecerem mais sobre o Ayrton Senna por causa de Ímola. E durante todas essas viagens, Plínio teve a oportunidade também, e em respeito ao Roland Ratzenberger, de ir na cidade de Salzburg pegando o carro também, andando 250 kms e onde ele foi enterrado e prestar as homenagens também.
Além de Ímola, Plínio gosta muito de Mônaco. Ele já teve a oportunidade de viajar algumas vezes, nunca para corrida, pois a única corrida de Fórmula 1 que ele assistiu até hoje pessoalmente foi o GP da Áustria de 2018, mas ele gosta de ir nas cidades onde tem os autódromos.
Se os autódromos estão abertos ele gosta de visitar e o lugar que ele gosta de ir e andar é Mônaco. Então eu já tive a oportunidade de ir em Mônaco e de dirigir na maior parte do circuito de rua, com algumas adaptações que no dia-a-dia a pessoa não consegue fazer o circuito completo, mas ele já se divertiu dirigindo por lá.
Plínio teve a oportunidade de conhecer o prédio em que o Ayrton Senna, pois ele tinha uma amiga que morava no mesmo prédio e Plinio fez uma visita para ela e eles conseguiram ter uma ideia da visão que Senna tinha. É um lugar emblemático também considerando que é uma das paixões ligadas ao automobilismo que ele tem.
Sua história de automobilismo é muito ligada a paixão que ele tinha pelo Ayrton Senna e isso mexeu com ele, além de conseguir fazer se superar aquele trauma da morte do piloto e ele usa desses exemplos, para sua vida.
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