Pedro faz miniaturas de pilotos e cenários da Fórmula 1
Pedro Luís Nunes Perez, com 45 anos, nasceu e ainda mora na cidade de Sorocaba-SP e começou a assistir Fórmula 1 por causa de uma visita que fez à sua avó, mas seu tio lhe chamou para assistir a corrida.
Pedro tinha sete anos e em um domingo pela manhã, ele fez uma visita à sua avó. Seu tio lhe chamou na sala para acompanhar com ele a incrível disputa que estava acontecendo na TV entre dois carros da “mesma equipe” como dizia seu tio.
Ele se lembra da empolgação de seu tio enquanto os carros trocavam de posição diversas vezes e aquilo de certa forma lhe contagiou. Os dois ficaram em suspense até o final da prova e com certeza foi ali que Pedro “contraiu” esse vírus da Fórmula 1.
Anos mais tarde Pedro veio saber que aquela corrida era a disputa entre Gilles Villeneuve e Didier Pironi no GP de Imola de 1982.
“A ideia de construir miniaturas é relativamente recente em minha vida. Somente nos últimos dez anos é que materializei isso, mas os ensaios vêm desde a infância. Eu me recordo de construí carrinhos em caixas de cereais, pastas de dente e toda e qualquer embalagem que pudesse ser recortada e colada”, diz Pedro.
“A partir da adolescência e juventude o colecionismo de miniaturas em escala virou uma febre impulsionada pelo sucesso dos pilotos brasileiros na Fórmula 1 e como não poderia deixar de ser comecei a lotar prateleiras de miniaturas em meu quarto”, conta Pedro.
Em um belo dia de contemplação de sua coleção, ele teve uma revelação. Tudo aquilo parecia vazio, pois estava faltando algo. Os carros, por si só, não contam nada. A história da competição está por trás dos homens que fizeram o esporte, os pilotos, mecânicos, projetistas e todos os outros componentes do chamado circo da Fórmula 1.
“Esse foi o embrião do meu trabalho, comecei a construir com papel, resina e plástico os chamados ‘Dioramas’ que nada mais são uma representação artística de uma cena, um momento imortalizado daqueles que fizeram a história nas pistas de corrida”, conta Pedro.
Vejam abaixo as miniaturas que Pedro fez:
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Pedro sempre foi muito realista com relação às dificuldades em ser um piloto, principalmente de ordem financeira, mas isso não lhe impedia de sonhar em ser membro de alguma equipe, sempre de área técnica como um engenheiro ou projetista quem sabe.
“Na verdade isso influenciou em minhas escolhas acadêmicas, pois aos 14 anos fui fazer um curso profissionalizante de mecânica, meu ensino médio foi técnico em mecânica e a graduação em Gestão de tecnologia da informação”, diz Pedro.
Quando Ayrton Senna apareceu na Formula 1, Pedro era uma criança de 10 anos, impossível não se deixar levar pela figura de ídolo que ele se tornou para todos, impossível não torcer pelo cara que pega a bandeira do país e empunha com tanta garra e vontade; impossível não se render ao incrível talento que ele tinha.
O dia da primeira vitória do Ayrton Senna em Portugal em 1985 foi o dia de seu aniversário de 11 anos. Por todas essas razões Pedro tem Senna como seu ídolo.
Sua família sempre lhe apoiou. Ele lembra de seus pais, que percebendo que Pedro estava muito envolvido com carros e corridas, fizeram a assinatura da revista Quatro Rodas quando ele tinha apenas 11 anos.
“Para mim a melhor época da Fórmula 1 está entre o final dos anos 70 até meados dos anos 80, principalmente na chamada era do “efeito solo” em que os carros tinham um design mais agressivo, eram todos completamente carenados, com laterais largas e envolventes para criar o efeito de carro asa, sem contar que a safra de pilotos, além de muito boa, tornava os campeonatos super disputados. E é exatamente essa era que mais gosto de retratar em meus dioramas”, diz Pedro.
“Para a garotada que quer acompanhar a Fórmula 1 de hoje em dia é necessário dizer que não é o fato de não ter piloto brasileiro na competição que ela vai ser chata. Ela sempre foi um laboratório para as tecnologias de ponta e isso as vezes tira um pouco a competitividade da categoria. Acredito que esses anos sem pilotos brasileiros pode contribuir para formar verdadeiros fãs do automobilismo em geral com um maior conhecimento de causa e de como funciona a categoria de uma forma mais abrangente”, finaliza Pedro.