Opinião: O VAR que não ajuda os árbitros que não querem ser ajudados
Nos dois jogos deste domingo, mais de 20 minutos de acréscimos se somarmos os minutos dos dois jogos
O árbitro de vídeo(VAR) surgiu com a iniciativa de melhorar o nível de arbitragem no futebol, mas aqui no Brasil..parece que não é bem isso que vem acontecendo. Cada vez mais os torcedores e amantes do futebol reclamam da forma que o VAR é atuante aqui no futebol brasileiro.
O Campeonato Brasileiro, desse ano, começou com uma nova tecnologia: o tal do Árbitro de Vídeo. A tecnologia, sem sombra de dúvidas, surgiu com o objetivo de deixar o futebol mais justo, sem erro de arbitragem. Entretanto, aqui no Brasil, parece que o VAR está sendo usado de forma equivocada e quem sabe até “tendenciosa”. Sem falar, também, no tempo de demora dos lances analisados e os gigantescos tempos de acréscimos nas partidas.
A décima quarta rodada, do Campeonato Brasileiro, ficou marcada por erros inadmissíveis da arbitragem em três jogos: Flamengo x Grêmio, Botafogo x Athletico Paranaense e Palmeiras x Bahia. Nos dois primeiros, mesmo com o VAR, o árbitro se negou a marcar penalidades claras para Flamengo e Athletico Paranaense, e no último jogo, o árbitro precisou do auxílio da ferramenta para marcar uma penalidade inexistente para o Bahia.
Na vitória do Flamengo diante o Grêmio, o atacante Bruno Henrique levou um pontapé do defensor do Grêmio dentro da área e mesmo com o auxílio do VAR o árbitro, talvez por ego, sequer consultou o lance. A bola rolou normalmente no Maracanã e logo depois o VAR paralisou a partida para marcar um puxão de camisa do zagueiro Pablo Marí, do Flamengo, dentro da área. Pênalti para o Grêmio. Nesse lance o VAR funcionou de forma certa e pontual.
Já no jogo deste domingo, no Nilton Santos, houve um lance idêntico ao de sábado, só que dessa vez, o árbitro sequer foi chamado para analisar o lance na telinha. O jogador do Botafogo puxa claramente a camisa do adversário dentro da área e o lance é ignorado pelo VAR. A trapalhada não parou aí, já nos últimos minutos intermináveis dos acréscimos, o zagueiro Joel Carli empurrou Madson na área. Dessa vez, o VAR, chama o juiz que fica cerca de três minutos analisando o lance e no final manda o jogo seguir. Mais um erro claro do árbitro.
Já no jogo entre Palmeiras e Bahia, a equipe bahiana teve dois pênaltis que foram muito reclamados pelos palmeirenses nas redes sociais. O primeiro, que aconteceu, a bola desvia claramente na mão do defensor alviverde, lance que, talvez, nem precisasse da interferência do VAR, mas como os árbitros estão confortáveis com a situação, o árbitro de vídeo chamou o juiz que acertou na decisão. O segundo que, para muitos, foi um lance totalmente interpretativo e que não precisava do VAR, mas como o futebol brasileiro hoje em dia é arbitrado pelo vídeo, o árbitro acabou se precipitando na marcação.
A verdade é que a tecnologia é muito boa, mas infelizmente os humanos(árbitros) fizeram com que a ferramente fosse bastante polêmica aqui no Brasil. A Premier League começou recentemente e já na estréia do Manchester City, tivemos um lance que precisou do uso do VAR. O lance foi resolvido em impressionantes 92 segundos, então não podemos falar que a tecnologia é ruim, ela só é mal operada.