Atlético-MG: conheça como surgiu o Consulado GaloAcre
Pedro Augusto França de Macedo (Pedro Macedo), 31 anos, nascido em Sete Lagoas-MG, residente atualmente em Rio Branco-Acre, ajudou na criação do Consulado GaloAcre e vem crescendo cada vez mais por causa da internet ou indicações de pessoas para torcer pelo Galo.
Ele sempre gostou de praticar esportes, além de assistir pela TV, porque não sou adepto do estilo de vida sedentário. Quando criança, a ideia de Pedro era gastar as energias (sempre foi uma criança muito ativa), depois de adulto a prática tem por objetivo queimar calorias e proporcionar momentos de descontração.
Num país como o Brasil, que tem no futebol grandes ídolos, a prática de “brincar de bola” já é passada às crianças desde pequenas. Ele nunca foi bom de bola, mas vê no futebol uma forma de entrosar as pessoas. Atualmente ele participa de uma “pelada” semanal, onde fez grandes amigos. Também pratica ciclismo. A bicicleta surgiu inicialmente como meio de transporte na adolescência, e tornou-se companheira na vida adulta.
“A torcida pelo Galo remonta aos tempos ainda de tenra infância, ao ver meu pai (também atleticano) assistir aos jogos, ou ouvir no rádio. Porém, só comecei a efetivamente acompanhar o Galo em 1998, aos 10 anos de idade. Em 1999, a paixão pelo Galo se intensifica com título Mineiro. Impossível esquecer a cena marcante do capitão Gallo jogando com a cabeça enfaixada, demonstrando a raça alvinegra”, diz Pedro.
“A bela campanha no campeonato brasileiro/99 também é fator decisivo para intensificar a paixão. Pela primeira vez chorei (muito!) pelo Galo com o campeonato perdido para o Corinthians”, conta Pedro.
Pedro conta que a música cantada pela torcida do Galo já contagia multidões de gerações em gerações. E mesmo que ele já tivesse passado pela capital, Belo Horizonte não foi fator decisivo para sua torcida pelo Galo. A paixão surgiu à distância, na pequena cidade de Capelinha/MG, pelas ondas do rádio, ouvindo as narrações do saudoso Willy Gonser.
Quando criança, mesmo morando no interior de Minas (em Capelinha), seu pai o levou em alguns jogos decisivos, encarando uma viagem de quase 500 km para ver o Galo de perto, tendo a oportunidade de ir ao Mineirão quando o gigante da Pampulha ainda balançava.
Pedro assistiu no estádio jogos épicos, como as vitórias no mata-mata contra o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 1999. Mais recentemente, ele teve a oportunidade de morar em Belo Horizonte (nos anos de 2014/2015), período em que ele foi praticamente em todos os jogos.
Atualmente, morando no Acre, sempre que ele vai a Minas, ele procura conciliar a data da viagem com algum jogo do Galo. Para ele, ir ao estádio é um dos melhores programas. Ver o Galo de perto é uma emoção incrível.
“Apesar de atleticano fanático, meu pai não influenciou diretamente. A primeira camisa do Galo fui eu quem pedi de presente. Posso dizer que foi algo meu”, diz Pedro.
“Eu influenciei minha esposa, que tinha uma simpatia pelo time do outro lado da lagoa, mas tornou-se atleticana também, um amigo acreano que não ligava muito para futebol, também começou a torcer pelo Galo ao frequentar um encontro do Consulado GaloAcre”, diz Pedro.
“Sou filho de pai atleticano e mãe cruzeirense. O único irmão torce para o Cruzeiro. Ou seja, numa família dividida, a decisão de torcer pelo Galo gerou alegria de um lado e tristeza de outro. Quando criança, eu meu irmão já brigamos (literalmente em vias de fato) em razão do futebol. Atualmente, permanece o convívio harmônico, mas não assistimos aos clássicos juntos”, conta Pedro.
Ele participa do Consulado GaloAcre, de Rio Branco-Acre. Isso foi criado após uma campanha mediana no Campeonato Brasileiro de 2017, onde o Galo ficava de fora da Libertadores do ano seguinte após 5 participações consecutivas. Uma tristeza generalizada para a massa.
Porém, para os atleticanos no Acre, o destino reservava uma boa surpresa. Com a não classificação para a Libertadores, o Galo viu-se obrigado a disputar a Copa do Brasil desde a primeira fase, sendo que, por sorteio, veio ao Acre enfrentar o Atlético Acreano (fevereiro de 2018).
Na ocasião, o líder do Consulado GaloPorto, de Porto Velho, veio a Rio Branco e concedeu entrevista em rádio local enaltecendo a grandeza do jogo e apresentando o projeto dos Consulados do Galo, bem como convocando toda a torcida para uma concentração.
A partir de então, foi possível conhecer outros atleticanos que também residem no Acre, todos com o mesmo propósito de reunir e torcer pelo Galo, o que fortaleceu a ideia de criação do Consulado.
Atualmente, o Consulado GaloAcre conta com 35 participantes. Geralmente, as pessoas descobrem pelas redes sociais ou por indicação de amigos. Juntam-se pelo propósito de torcer pelo Galo e celebrar em conjunto a “atleticanidade”.
“Se você tiver oportunidade, vá ao estádio assistir um jogo do Galo. Você vai se apaixonar pelo Atlético-MG. E, mesmo em momentos difíceis, jamais abandone o time, pois é essa torcida move o time”, finaliza Pedro.
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