Renata Dunck e seus dois ídolos: Ayrton Senna e Lewis Hamilton
Renata Dunck tem dois ídolos e o segundo com certeza cresceu muito em seu coração pelos mesmos princípios do primeiro. Ayrton Senna é seu maior ídolo.
Com sua morte, Renata não viu mais a graça em Fórmula 1 e parou de assistir por anos. Não tinha graça. Ela não amava apenas o piloto, herói do Brasil, ela amava o homem que conheceu por trás daquele carro.
O Ayrton que tinha determinação, que aprendeu inglês na raça, que superava seus limites, porque se dedicava muito mais do que a maioria. O Ayrton que tinha fé, simplicidade. Ayrton foi sendo seu ídolo pelo que ele era dentro e fora das pistas.
“Para você chamar alguém de ídolo, você tem realmente que idolatrar e isso é muito, muito difícil de fazer por alguém que não tenha os mesmos princípios que os seus. Eu amo a ideia de quem vai ao seu limite e é apaixonado pelo que faz”, diz Renata.
Depois de tantos anos sem ver Fórmula 1, um dia Renata se deparou com Lewis Hamilton dizendo que amava o Ayrton e que ficava aos domingos com seu pai vendo ele correr.
“Ah, o cara ganhou meu coração! Eu enxergava nele, eu quando criança. Com as mesmas sensações e desde aquele momento, voltei a assistir as corridas. E aos poucos, conhecendo a história de superação dele, me colocando no lugar daquele cara e pensando o quanto foi (e é) difícil ser ele nesse esporte, não tinha outra saída para meu coração que não idolatrá-lo também”, diz Renata.
Em relação ao melhor carro que Renata viu correr anos anteriores, ela diz: “Uau! Difícil, hem? Vale deixar a tecnologia de lado?” (haha). Mas, para ela, Mclaren Honda MP4 foi o melhor. Pode ser apenas uma lembrança emocional, mas para ela foi o melhor de todos os tempos.
Quase não perdeu nas mãos de Ayrton e Prost, então não tinha melhor do que os motores Honda naqueles anos. Eram os motores que traziam maior revolução para as pistas.
Renata diz que tanto por causa do carro quanto por causa do piloto, pois Fórmula 1 não é Fórmula 1 se não unir tecnologia (carro) com braço (piloto). Mas pensar que um carro protagonizou disputas tão fervorosas com pilotos tão incríveis, faz com que ele necessariamente esteja em sua mente.
Lewis Hamilton é o melhor piloto para Renata hoje em dia, pois 7 vezes campeão do mundo, com o melhor preparo físico e mental. Não há ninguém hoje, com o “conjunto da obra” tão alinhado.
“Existem jovens e boas promessas. Existem pilotos medianos, fabricados por técnicas de ensino que fazem com que eles apresentem um desempenho razoável, condizentes com suas equipes, mas bom mesmo? Poucos. E o melhor, sem dúvida é Lewis”, diz Renata.
Hoje, o melhor carro para Renata é a Ferrari, sem dúvida alguma. Foi a equipe que mais redonda chegou ao início do campeonato, época em que pouco se espera um nível tão elevado de desempenho de uma equipe.
Tradicionalmente, as evoluções mais significativas acontecem em 3,4 até 5 corridas depois do início das disputas. Esse ano a Ferrari chegou impecável.
“Fórmula 1 é um caminho sem volta. A nova geração brasileira está começando a ter gosto novamente por ela, porém, é bom lembrar que é um esporte que exige do ser humano muita dedicação, muita concentração, muito equilíbrio físico e mental. E infelizmente, o mental é o ponto de desequilíbrio e que exige de nós maior cuidado. Estamos vivendo tempos estranhos. Se quiser de fato ser grande, cuidem da mente. Ela é quem norteia os maiores”, finaliza Renata.
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