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Retrospectiva 2018: Campeão Carioca, mal no mata-mata; veja como foi o ano do Botafogo

Único time carioca que conquistou título na temporada, o Glorioso teve um ano irregular, mas fechou o ano sem sustos

O ano de 2018 acabou para a equipe do Botafogo. Entre altos e baixos, o Glorioso teve quatro técnicos no ano, conquistou um Campeonato Carioca, saiu precocemente da Copa do Brasil, saiu nas Oitavas de final da Sul-Americana e terminou em 9° lugar no Brasileirão. O Opinião Esportiva trouxe uma retrospectiva completa do ano do Glorioso.

O COMEÇO DE 2018

Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo.

Após perder Jair Ventura, que se transferiu para o Santos, a comissão técnica resolveu apostar em Felipe Tigrão, que era auxiliar técnico permanente da comissão técnica de Jair Ventura. A torcida ficou meio desconfiada, mas resolveu dar um crédito para o treinador. Sete jogos depois e duas eliminações, Felipe Tigrão foi demitido do comando técnico do Botafogo. Alberto Valentim assumiria.

COPA DO BRASIL

Foto: Felippe Costa/ Globoesporte.com

Foi curta a participação do Botafogo na Copa do Brasil de 2018. A equipe estreou contra a Aparecidense, em Goiânia, e foi derrotada por 2×1, saindo precocemente da competição. O técnico Felipe Tigrão, resolveu poupar alguns jogadores pro confronto, visando a partida da semifinal da Taça Guanabara, contra a equipe do Flamengo.

Jogando para apenas 1.185, o time da estrela solitária abriu o placar logo cedo, com Pimpão, e dava impressão que teria uma classificação tranquila. Mas o alvinegro se acomodou na partida, e ainda no primeiro tempo, aos 46, Nonato empatou para os donos da casa.

O Alvinegro Carioca não evoluía na partida, o jogo foi passando e aos 36 da segunda etapa, Gustavo Ramos marcou para os donos da casa. O alvinegro carioca não teve forças para reagir e acabou eliminado da competição, para desespero da sua torcida.

Campanha: 1 jogo – 1 derrota – 1 gol pró e dois gols contra

CAMPEONATO CARIOCA 2018

Foto: Site Botafogo

Após ser eliminado da Taça Guanabara, quatro dias após sair da Copa do Brasil, o Botafogo dispensou Felipe Tigrão e fez mais uma aposta, desta vem em Alberto Valentim, ex-interino do Palmeiras. Seu começo foi animador. O Botafogo melhorou seu estilo de jogo, mas ainda não convencia e nem passava segurança para a torcida.

A equipe foi para as semifinais da Taça Rio, após vencer o Vasco em jogo emocionante, no Nilton Santos, enfrentou o Fluminense na Final, no Maracanã e foi atropelado. A equipe perdeu por 3×0 e mais uma vez, sua torcida ficou inconformada. Por terminar em 4° lugar na classificação geral, o Alvinegro havia se credenciado a fazer a semifinal geral do Carioca, contra o time de melhor campanha, no caso, o Flamengo.

sob muita desconfiança, o Botafogo fez um jogo quase perfeito taticamente, venceu por 1×0, garantiu vaga na final do regional, e de quebra, ainda instaurou uma crise no seu maior rival, que além de demitir treinador, ainda fez reformulação no seu departamento de futebol. O adversário da final, seria o Vasco.

No primeiro jogo da final, no Estádio Nilton Santos, o Botafogo abriu o placar logo cedo, com Renatinho, aos 3 da primeira etapa. Mas a equipe de Alberto Valentim, que já havia perdido para o Vasco, no Nilton Santos, no último jogo da Taça Rio, viu o cruzmaltino virar o jogo em dois minutos, com Yago Pikachu aos 28 e 30 do primeiro tempo. Ainda na primeira etapa, Brenner empataria para o Botafogo.

Com um segundo tempo equilibrado, as emoções ficaram para o último lance da partida. Em escanteio cobrado, Andrés Rios, mesmo cercado por quatro jogadores do Botafogo, fez de cabeça e botou o Vasco com vantagem na final, para a segunda partida. O cruzmaltino poderia até empatar no Maracanã que seria campeão.

No segundo jogo, ainda no primeiro tempo, o Vasco perdeu Fabricio, expulso. Mesmo com um jogador à menos, o Vasco administrou a partida, até os 49 do segundo tempo, quando Joel Carli, depois de um bate rebate na área, fez o gol decisivo que levaria a decisão da partida para os pênaltis.

Nas penalidades máximas, brilhou a estrela de Gatito Fernandez, que defendeu dois pênaltis e foi protagonista na vitória por 4×3 do Glorioso. conquistava seu 21° título carioca, e de quebra, descontava um dos dois vices campeonatos sofridos para a equipe do Vasco, em 2015 e 2016.

Campanha: 17 jogos – 8V/4E/5D – 20 gols pró e 20 gols contra – Artilheiro: Brenner 6 gols

COPA SUL-AMERICANA

Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo.

Quatro dias após se sagrar campeão carioca, o Botafogo estrearia na competição que seria seu foco em 2018: Copa Sul-Americana. A equipe viajou até o Chile, para enfrentar o Audax Italiano, e no embalo do título, conseguiria uma boa vitória por 2×1, com gols de Brenner e Rodrigo Pimpão, nos acréscimos, e ficaria apenas por um empate, no Rio, para conquistar a vaga para a próxima fase.

Mas como nada para o Botafogo vem fácil, 27 dias depois, o Botafogo recebia a equipe Chilena, no Nilton Santos, e diante de mais de 8 mil pessoas, jogou mal, chegou a abrir o placar com Matheus Fernandes, aos 8 da segunda etapa, mas permitiu o empate da equipe Chilena, aos  39 da segunda etapa. No fim, o alvinegro se segurou e conseguiu a vaga para a próxima fase da competição. O próximo adversário seria o Nacional do Paraguai.

Quase três meses depois, o Botafogo visitava o Nacional, do Paraguai, para um público de apenas 2 mil pessoas. Alberto Valentim já havia saído da equipe, após receber proposta do exterior e o técnico da vez, era o contestado Marcos Paquetá. Mais uma vez o alvinegro não jogou bem e foi superado por 2×1. O gol do Botafogo foi marcado por Luiz Fernando e o Botafogo decidiria a vaga em casa, duas semanas depois.

Já sob o comando de Zé Ricardo, quarto técnico efetivo da temporada, e com mais de 33 mil pessoas presentes, no Nilton Santos, o Botafogo fez uma das suas melhores atuações no ano e venceu a equipe Paraguaia por 2×0, avançando para as oitavas de final da competição. Naquele momento, a torcida era só euforia e acreditava muito em uma boa campanha do time.

Nas oitavas de final, o adversário seria o Bahia. Na primeira partida, em Salvador, Zé Ricardo poupou alguns jogadores e com grande destaque do goleiro do Bahia, os Baianos venceram por 2×1 e conseguiram a vantagem de jogar por um empate, no Rio. No jogo de volta, mais de 28 mil torcedores apoiaram o time, que abriu o placar com Pimpão, mas Edgar Junio empatou sete minutos depois. Novamente sete minutos depois, Luiz Fernando botou o Botafogo na frente e o primeiro terminou 2×1 para o Botafogo.

No segundo tempo, o jogo ficou morno e as duas equipes ficaram com medo de se expor. A disputa acabou indo pras penalidades. Marcinho perdeu para o Botafogo, Jackson para o Bahia. A disputa foi para as alternadas e Moisés perdeu para o Botafogo, enquanto Flavio fez e classificou o Bahia para as Quartas de finais. A torcida do Botafogo saiu mais uma vez decepcionada e a unica chance que restava de um “título de expressão” em 2018, havia acabado.

Campanha: 6 jogos – 3V/1E/2D – 9 gols pró e 7 gols contra – Artilheiro: Pimpão 3 gols

CAMPEONATO BRASILEIRO

Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo.

Apesar de começar fazendo oito pontos nos cinco primeiros jogos, contra adversários difíceis, o Botafogo não apresentava um bom futebol nos primeiros jogos do Brasileirão. Até a parada para a Copa, a equipe ainda comandada por Alberto Valentim, fez 17 pontos em 12 jogos, ficando em 9° lugar. A equipe desperdiçou pontos preciosos contra Vitória em casa, Bahia fora, e Ceará em casa, mas fechou ganhando do Atlético-PR e deu uma acalmada na sua torcida.

Na volta do Brasileirão, após a Copa, já com Marcos Paquetá, substituindo Alberto Valentim, que pediu desligamento para ir ao futebol Asiático, o Botafogo começou perdendo para Corinthians e Flamengo e apesar de ter vencido a Chapecoense, em casa, a torcida andava insatisfeita com o desempenho da equipe. Uma goleada para o Inter e a derrota para o Nacional, pela Sul-Americana, fizeram com que o Botafogo trocasse de técnico pela quarta vez na temporada. O escolhido da vez, seria Zé Ricardo, que já havia sido sondado antes de Marcos Paquetá, mas não havia aceitado.

Zé estreou contra o lanterna Paraná sofrendo um empate no último lance, e entre autos e baixos na competição, ficou cinco partidas sem vencer, da 27° rodada até a 31°, quando o risco de rebaixamento aumentou e a pressão ficou muito forte. Depois disso, o treinador conseguiu uma sequência de seis jogos sem perder, com quatro vitórias seguidas, e na 35° rodada, já não tinha mais nenhuma chance matemática de ser rebaixado.

Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo.

Coincidência ou não, contra o mesmo Paraná, da estreia do técnico Zé Ricardo, na 37° rodada seria o time que marcaria a carreira do ídolo Jefferson.Após 459 partidas com a camisa do Botafogo, o arqueiro fez seu jogo de despedida em uma festa marcante para o atleta e torcida. Foi de emocionar.

A equipe terminou na 9° colocação, garantiu uma vaga na Copa Sul-Americana de 2019 e de quebra garantiu R$ 1.806,930 pela colocação alcançada.

Campanha: 38 jogos – 13V/12E/13D – 38 gols pró e 46 gols contra – Artilheiros: Kieza e Lindoso – 7 gols

NÚMEROS DO BOTAFOGO NA TEMPORADA

Campanha do Botafogo em 2018: 62 jogos – 24V/17E/21D – 68 gols pró e 75 gols contra

Dos 62 jogos, o Botafogo não fez gols em 18 jogos no ano

Dos 62 jogos, o Botafogo não sofreu gols em 18 jogos no ano

Artilheiros da temporada: Kieza e Brenner – 10 gols

Artilheiro do Nilton Santos em 2018: Lindoso – 6 gols

Líder de assistência em 2018: Léo Valência – 12 – assistências

Jogador com mais cartão amarelo: Joel Carli – 15 cartões

Jogador com mais cartão vermelho: Rodrigo Aguirre – 2 cartões

Botafogo como mandante em 2018: 29 jogos – 15V/10E/4D – 36 gols pró e 25 gols contra

Botafogo como mandante no Brasileirão: 19 jogos – 10V/7E/2D – 22 gols pró e 14 gols contra

 

NÚMEROS DE PÚBLICO DO BOTAFOGO EM 2018

Média de público no ano: 11.440

Média de público no Brasileirão: 11.569

Média de público na Sul-Americana: 23.466

Média de público no Carioca: 5.934

Melhor público do ano: 8/4 – Vasco 0x1 Botafogo – Maracanã – 58.135

Melhor público no Nilton Santos: 16/8 Botafogo 2×0 Nacional – 33.891

Pior público do ano: 6/3 – Botafogo 1×0 Bangu – 1.774

 

NÚMEROS DE ZÉ RICARDO NO BOTAFOGO

Zé Ricardo no Botafogo: 24 jogos – 10V/6E/8D – 26 gols pró e 27 gols contra

Zé Ricardo no Nilton Santos: 13 jogos – 8V/3E/2D – 15 gols pró e 10 gols contra

Artilheiro do Botafogo na era Zé Ricardo: Erik – 5 gols

Dos 24 jogos sob o comando de Zé Ricardo, o Botafogo não fez gols em 7

Dos 24 jogos sob o comando de Zé Ricardo, o Botafogo não sofreu gols em 7

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