Será que vingam? Confira os jogadores da base vascaína que estão nos profissionais
Conheça alguns jogadores formados no Vasco com potencial de crescimento pelo clube
Será que vingam? Essa é a dúvida dos clubes ao apostarem nos jogadores das categorias de base. E com o Vasco não é diferente. Na última década, a equipe produziu nomes como Alex Teixeira, Philippe Coutinho, Allan, Luan e Paulinho. No ano de 2019, o Gigante da Colina não conta com nenhuma estrela formada no time, mas espera que alguns deles despontem no profissional.
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GOLEIROS
O elenco vascaíno conta atualmente com três goleiros oriundos da base no profissional: Jordi, Gabriel Félix e João Pedro. Nenhum deles deve assumir a titularidade que está nas mãos de Fernando Miguel desde o fim do último Campeonato Brasileiro. Com a saída de Martín Silva, gerou-se uma possibilidade de algum deles ter mais espaço neste ano. No entanto, a diretoria monitora o mercado em busca de um atleta mais experiente para a posição. Gerardo Ortiz, da seleção paraguaia, inclusive iniciou conversa com os cariocas no fim de 2018.
Jordi tem 25 anos e é um bom goleiro, mas que carece de oportunidades e sequência. Estreou no profissional do Cruz-Maltino em setembro de 2014, pela Série B, contra o Luverdense. Na ocasião, ele saiu aplaudido pela torcida mesmo sem ter feito grandes defesas. De lá para cá, realizou 26 partidas pelo clube que o formou. Em 2018, ficou emprestado por quatro meses ao Tractor Sazi, do Irã, onde fez 16 jogos antes de ser solicitado de volta ao Rio de Janeiro. Por enquanto, ele deve ser o substituto imediato de Fernando Miguel, pela experiência no Oriente Médio.
Gabriel Félix tem 23 anos e não é um jogador de muito brilho. Pelo Vasco, fez sete jogos. Todos com uma atuação regular. Após se envolver em uma polêmica, onde postou uma foto que ironizava as vaias das arquibancadas, Félix foi afastado do time e em seguida emprestado ao Fortaleza. No Tricolor de Aço, ele fez uma partida oficial, na última rodada da Segundona, e três pela Copa Fares. Devido a grande rejeição da torcida, a tendência é de que ele seja cedido novamente em 2019.
João Pedro é o mais novo, com 20 anos. Ele foi integrado a equipe profissional no início de 2018 mas continuava jogando pelo sub-20 para manter o ritmo de jogo. De todos, é o único que ainda não atuou pelos profissionais. Na base, o arqueiro se destacava por pegar pênaltis. Ele segue como uma aposta a ser vingada. A comissão técnica trabalha duro com o atleta para que, quando surgir uma oportunidade no time, ele aproveite a chance.
LATERAIS
Os meninos oriundos da base que compõem o elenco profissional atualmente são Rafael França, pela direita, Henrique e Alan Cardoso, pela esquerda. Com a chegada de novos laterais para o time, fica mais difícil a firmação desses atletas. O que não quer dizer que eles não terão oportunidades.
Rafael França tem 20 anos e entrou em campo apenas uma vez pelo Vasco, no Campeonato Carioca de 2018 na derrota por 2 a 1 contra o Cabofriense. O lateral-direito também pode fazer a função de volante, que antes era a função de origem dele, o que mostra versatilidade, uma das principais características do futebol moderno. Ele acaba de renovar o contrato e fica no Cruz-Maltino até dezembro de 2019.
Alan Cardoso tem 21 anos. O lateral-esquerdo é técnico com a bola nos pés, mas precisa melhorar defensivamente. Ele era o capitão dos juniores e soma passagens pela seleção brasileira de base. Pelo profissional do Vasco, foram nove jogos. Nenhuma delas com muito destaque. Como ainda é uma aposta, ele foi emprestado ao ABC no último ano para ganhar experiência jogando na Série C. Contudo, conseguiu realizar apenas quatro partidas, devido a uma lesão no joelho. A diretoria segue acompanhando o atleta e, caso não tenha destaque, estuda emprestá-lo mais uma vez.
Henrique tem 24 anos e estreou nos profissionais em 2013, na vitória contra o rival Fluminense, no Maracanã. Ele é um bom lateral-esquerdo, que chega bem ao ataque. Mesmo assim, ainda peca defensivamente, após seis anos no time de cima. Em 2018, foram 44 jogos e cinco assistências. Com a chegada de Danilo Barcelos, ele deve perder espaço no time. Mas com Ramon contundido, o jogador deve ser o reserva imediato do novo reforço.
ZAGUEIROS
A zaga vascaína foi criticada durante todo o ano de 2018. Os pivôs das críticas eram sempre Erazo e Paulão, que já se despediram do Rio de Janeiro. No meio da temporada, Leandro Castan chegou e deu mais qualidade ao setor, junto de Werley, que passou boa parte do tempo machucado. Além desses dois, o elenco conta ainda com Breno, se recuperando de lesão, e o colombiano Oswaldo Henríquez, que ainda não mostrou a que veio no Vasco. Com poucas opções para a posição, talvez Ricardo Graça e Kaiandro, representantes da base, tenham mais espaço para entrar nos gramados em 2019.
Ricardo Graça tem 21 anos e ficou emprestado em 2016 ao Vitória de Guimarães, de Portugal, onde fez apenas um jogo. Em 2018 como o titular do time, tendo boas atuações sob o comando de Zé Ricardo e se destacando entre os outros jogadores. Contudo, após sofrer sete gols, somando os jogos contra o Corinthians (4) e LDU (3), acabou perdendo a posição. O atleta oscila muito e, por vezes, toma más decisões. Se tiver sequência, ele pode voltar a brilhar e vingar com a camisa vascaína.
Kaiandro tem 18 anos e foi contratado junto ao Grêmio em novembro para atuar nos juniores. Ele não conseguiu ser inscrito na Copinha e acabou sendo integrado ao time profissional para treinar. Valentim gostou do zagueiro e o manteve para a pré-temporada desse ano. O jogador é canhota e tem boa saída de bola, além de ser veloz e técnico quando tem a bola nos pés.
VOLANTES
Dos três volantes criados na base, certamente Andrey é o mais conhecido. Chegou a ser especulado a saída dele para o futebol internacional neste ano, mas ele segue no clube. Rodrigo Fernande e Bruno Ritter são os outros dois. O primeiro subiu recentemente, enquanto Ritter já teve a oportunidade de estrear no time de cima.
Andrey tem 20 anos e é uma das jóias de São Januário. Com passagens pela seleção das categorias de base, o jogador chegou ao profissional com status de promessa. No início ele não foi bem, demorou para se adaptar aos novos companheiros. Mas, no decorrer de 2018, conseguiu beliscar uma vaga no time e terminou a temporada como titular. Agora, o meia é considerado uma das peças mais importantes da equipe de Alberto Valentim.
Bruno Ritter é um ano mais novo, com 19, e já soma passagens pelas bases do Criciúma de do Internacional. Nos juniores do Gigante, ele chegou a atuar até de zagueiro, onde melhorou características como o posicionamento e a marcação. Pelo time principal fez duas partidas, contra Cruzeiro e Sport, respectivamente. Nas ocasiões, ele mostrou ser um primeiro volante de chegada, mas que tem visão de jogo e sabe sair com a bola. É um bom nome para ser testado com mais frequência no Campeonato Estadual e, consequentemente, no resto da temporada, caso consiga se destacar novamente.
Rodrigo Fernandes tem um trabalho mais difícil no time de cima. Ele encara a concorrência de outros oito jogadores da posição e é o único que ainda não vestiu a camisa no time profissional. Ele é zagueiro de origem, mas já jogou também pelas laterais, mostrando que é polivalente e se adapta rápido a novas funções. Ele deve demorar mais para ganhar uma chance, mas é ótimo para compor o elenco no momento. Quando a oportunidade aparecer, ele tem que agarrar e não soltar mais.
MEIO-CAMPO
O meio de campo vascaíno tem Dudu e Guilherme Costa, da base, dividindo espaço com os experientes Bruno César e Thiago Galhardo. Os dois último, por serem mais rodados, devem ter mais prestígios com o treinador e entrar em campo mais vezes. Mas a temporada é longa e ambos já têm idades avançadas, o que pode abrir espaços para os dois garotos.
Dudu tem 20 anos e estreou no profissional no ano passado, em um derrota para o Corinthians, no Itaquerão. Pelos juniores, ele conviveu com algumas contusões que o afastaram, porém, em 2018, foi o capitão na Copinha fazendo boas atuações. Ele já vinha sendo observado por Milton Mendes e Zé Ricardo em 2017, quando ambos treinaram o Cruz-Maltino, mas não se destacou o suficiente para receber uma oportunidade. Na atual pré-temporada, em Atibaia, o meia vem treinando bem e deve receber novas chances no Carioca.
Guilherme Costa já é uma figurinha antiga. O meio-campista de 24 anos esteve emprestado ao Vitória no último ano, onde conviveu com lesões, o que não o impediu de ser bem avaliado pelo clube baiano. Ele volta ao Vasco para tentar vingar o seu nome que, há muito tempo atrás, era considerado uma das promessas. O atleta, com passagens pela seleção de base, tem muita qualidade técnica com a perna esquerda. Já atuou pelos dois lados, mas se dá melhor centralizado. Antes o jogador também já havia sido cedido ao Boa Vista e ao Bragantino para ganhar rodagem.
ATACANTES
A concorrência no ataque é grande. Dos oito jogadores no elenco, quatro são crias de São Januário: Marrony, Caio Monteiro, Matheus Moresche e Hugo Borges. Eles disputam vaga com o xodó da torcida Maxi Lópes, o recém-contratado Ribamar, além de Rildo e Vinícius Araújo.
Marrony tem 19 anos e já fez 13 partidas pelo Cruz-Maltino. O atacante pode jogar pelos dois lados do campo ou até mesmo como um falso nove. Ele é alto, com 1,84, e muito veloz. Os dois em conjunto são grandes aliados do jogador, pois consegue chegar rápido ao ataque, em jogadas de contra-ataque ou mesmo com dribles, e subir alto para cabecear as bolas alçadas na área.
Caio Monteiro tem 21 anos e está entre os profissionais desde 2016. As expectativas sobre ele na base eram enormes, porém, não conseguiu entregar o mesmo nível no time profissional. Ele é um jogador que pode atuar pelos lados, mas prefere o direito, e tem os dribles como uma das principais características. Ele é um pouco afobado, toma decisões precipitadas e falta obediência tática. Nas poucas vezes que volta para marcar, ele conclui a ação sem sucesso.
Matheus Moresche tem 20 anos e uma habilidade incontestável, mesmo se precipitando algumas vezes. Nas categorias de base, ele atuou também pelo Botafogo, onde se destacou e foi convocado para a seleção, e Corinthians, que não deu tantas oportunidades ao jogador. Ele era meio-campo de origem, mas, sem espaço no Gigante, acabou sendo adiantado para ganhar conseguir jogar. Se destaca pelas infiltrações e o bom posicionamento em campo. Pelo profissional do Vasco foram três jogos e um cartão vermelho.
Hugo Borges tem 20 anos e é um camisa nove nato. Foi artilheiro no sub-15 e no sub-17, além de fazer 26 gols em 2015 e 27 em 2016. Depois, ele ficou afastado devido a três fraturas no pé, por nove meses, e pouco entrou jogou em 2017. Voltou na Copinha de 2018 e aos poucos foi se readaptando ao ritmo de jogo. Pelos profissionais ele entrou em campo pela primeira e única vez contra o Volta Redonda, pelo Estadual. O centroavante tem faro de gol e promete dar muitas alegrias à torcida vascaína.