Vasco da Gama

Análise: Vasco assumiu postura mais defensiva e erros não comprometeram

Mudando de estratégia de acordo com a partida, o Vasco de Alberto Valentim continua invicto na temporada

O Vasco conquistou o título da Taça Guanabara, após vencer o Fluminense por 1 a 0, com gol de Danilo Barcelos. Um Vasco que mais uma vez, pouco se expôs e com substituição ousada. A partida teve muitas semelhanças ao confronto entre as equipes na fase de grupos da Taça Guanabara.

Confira outras notícias do Vasco da Gama

Durante toda a partida o time do Fernando Diniz controlou a posse de bola, de acordo com o Footstats o Vasco teve 28,5% de posse, enquanto o Fluminense 71,25%. O Cruzmaltino não fazia questão de ter a bola, encurtava a distância na marcação e não cedia espaços ao Tricolor. Uma equipe totalmente reativa, ou nem isso, visto que mal chegou ao ataque. O Vasco era lento na transição ao ataque, nas últimas partidas, muito bem efetuadas por Marrony, Thiago Galhardo e Lucas Mineiro. Mas a opção de Alberto Valentim por Bruno César na vaga de Galhardo não obteve retorno em campo. O camisa 10 vascaíno ainda parece fora de forma, e talvez precise de mais tempo para estar nas condições físicas ideais.

Ao fim do primeiro tempo, Alberto Valentim optou pela entrada de Rossi no lugar de Bruno César. Com a alteração, o Vasco passou a marcar com mais intensidade. Apesar de ser atacante, Rossi quase não apareceu no último terço do campo, fazendo dobradinha na marcação pela direita com Cáceres. A melhor defesa do Campeonato Carioca, também se faz da vontade e comprometimento dos jogadores. Em determinados momentos da partida o Vasco só tinha Maxi López no campo de ataque. Valentim ainda colocou o atacante Ribamar no lugar do volante Raul, uma substituição um tanto quanto ousada, aos 33 minutos de jogo, com o placar em 0 a 0, era uma situação de risco. Mas não com pouca criatividade, Ribamar só fez dar mais movimentação ao Vasco no meio de campo.

Uma das diferenças em relação a partida entre as equipes na fase de grupos da Taça Guanabara, foi uma postura mais defensiva do Vasco. Muito provavelmente fruto de uma leitura de jogo de Valentim. O time de Fernando Diniz com a posse de bola mais sem espaços não é efetivo, não leva perigos, e com isso os erros do Fluminense deixam a equipe mais exposta. Na primeira partida entre as equipes no ano o Vasco atacou mais, porém o Fluminense conseguiu três chances claras de gol, diferentemente da final onde a única chance de gol foi de Luciano após uma falha de posicionamento da zaga vascaína.

Danilo Barcelos fez seu segundo gol na temporada, o segundo de falta. (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

ANÁLISE INDIVIDUAL

Fernando Miguel: que início de temporada faz o goleiro. Mais uma vez tranquilo, seguro, a solidez defensiva apresentada pelo Vasco também é fruto das boas partidas do Fernando Miguel. O melhor jogador no time do Vasco.

Cáceres: até aqui, prova ser uma das duas melhores contratações do ano. Resolve um problema de anos no Vasco. Um lateral-direito que chega bem a linha de fundo e também defende bem.

Werley: mais uma vez seguro. Sem erros ou dar preocupações, o zagueiro ainda anulou por algumas vezes o colombiano Yony González.

Leandro Castán: mais uma partida onde o capitão vascaíno oscilou. Ganhou disputas de bola e se adiantou bem na marcação quando preciso. Porém, também levou duas bolas nas costas, uma delas deixando Luciano livre para cabecear na grande área.

Danilo Barcelos: como homem das bolas paradas, fez seu papel. Fez seu segundo gol de falta, mas ainda não se afirmou como titular, na função de lateral. Com o Ramon em condições ideais, a disputa por uma vaga é real.

Raul: muito contestado durante o final do campeonato brasileiro de 2018, o volante conquistou a vaga entre os titulates na bola. Ocupou bem os espaços em campo.

Lucas Mineiro: Na primeira análise que fiz, contra o Americano, eu disse que era bom esperar para ver Lucas Mineiro nas partidas grandes. O volante é a outra das duas melhores contratações do ano até aqui. Após dois clássicos, é possível chegar a essa conclusão. Excelente na marcação, mais uma boa partida pra conta.

Yago Pikachu: não foi a melhor de suas atuações. Passou em branco na partida, principalmente depois de ser deslocado para o meio, como um armador. Jogando centralizado, teve mais deveres defensivos do que ofensivo.

Bruno César: a descrição que fiz do desempenho do camisa 10 contra a Juazeirense permanece. Desta vez eu iria além, não só fora de ritmo como parecia estar fora de contexto. Não conseguia recompor na marcação, cansado antes dos 40 minutos de jogo. Conseguiu apenas uma má finalização por cima do gol. Foi substituído no intervalo.

Marrony: cada vez mais se mostrando fundamental no esquema do Alberto Valentim. Em determinados momentos da partida, Marrony parece ser o veterano. Nas poucas vezes em que o Vasco esteve no setor ofensivo, Marrony foi quem mais se apresentou, principalmente nos contra-ataques.

Maxi López: na sombra da zaga Tricolor, pouco apareceu no jogo e sequer teve chances para isso. O argentinou ficou isolado no ataque durante toda a partida, e tocou na bola apenas nos momentos em que saiu da área para buscar o jogo.

Rossi: fez sua estreia, entrando no lugar de Bruno César no intervalo e foi bem. Apareceu mais defensivamente do que ofensivamente, ocupando bem os espaços e voltando para marcar até na linha de fundo.

Ribamar: entrou no lugar de Raul e jogou atrás de Maxi López, em uma função pouco parecida como um meia ofensivo. O atacante se movimentou bem e deu gás a mais para o time. Com apenas 4 minutos em campo levou cartão amarelo.

Andrey: entrou aos 42 minutos de jogo no lugar de Marrony. Sem tempo para apresentar algo, a não ser participar de uma confusão com alguns jogadores do Flu.

Tags
Mais

Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Botão Voltar ao topo
Fechar
Fechar