Vasco da Gama

Danilo e Galhardo exaltaram o apoio vascaíno: “Nossa torcida ia engolir a deles”

O Vasco venceu o Fluminense em uma partida caótica. Isso porque ambos os clubes queriam jogar no Setor Sul, o que gerou muitas brigas.

A torcida teve um papel fundamental na vitória do Vasco sobre o Fluminense ontem (18/02) na final da Taça Guanabara, no Maracanã. Os jogadores Danilo Barcelos, autor do único gol, e Thiago Galhardo, que ficou fora por lesão, exaltaram o apoio.

A torcida, assim que pôde entrar no estádio, deu um show nas arquibancadas. Todos os jogadores do Cruz-Maltino reconheceram isso. O lateral-esquerdo Danilo Barcelos, responsável pelo gol de falta que decretou o campeão, falou sobre tudo o que rolou na decisão.

COMO FOI FAZER O GOL NA FINAL?

“Emoção muito grande (de fazer o gol) em um palco tão importante do nosso futebol nacional. Por tudo que aconteceu nós devemos valorizar o trabalho que o Valentim vem fazendo em um campeonato tão importante que é a Taça Guanabara. Hoje, mais uma vez, nós fizemos um grande jogo. Talvez um jogo não tão bonito, hoje foi mais defensivo, mas o trabalho foi perfeito em conjunto”, contou o lateral.

JOGAR COM A SITUAÇÃO EXTERNA

“É difícil. Antes do jogo soltaram uma nota que estava liberado. A gente manda a família vir pro campo mas não sabemos como tá. Você entra pra aquecer e seus familiares não estão no campo, então é complicado. A gente entra com o psicológico um pouco ruim. Independente de tudo que aconteceu do lado de fora, fizemos um baita jogo. Precisamos começar a gerar a paz do que o ódio. A gente tem a oportunidade de falar nos microfones e ao invés de aproveitarmos para enfatizar a paz nos estádios, depois de tudo que estamos passando, nós colocamos mais lenha na fogueira. Não precisa”.

MOMENTO QUE A TORCIDA ENTROU

“Teve uma mudança imediata da postura do nosso time. A gente tava sofrendo naquele momento e quando o torcedor entrou mudou totalmente. Isso fez a diferença. Fizemos um segundo tempo melhor que o primeiro e conseguimos sair com a vitória. Sete jogos e sete vitórias, tem que ser supervalorizado esse título”.

COMO ESTÁ O TREINAMENTO DE FALTA?

“A gente tem ido antes (aos treinamentos). Temos também que valorizar o Ramon e ao professor, que vêm aproveitando os tempos vagos para trabalhar essa bola parada. Realmente faz diferença e hoje foi mais um dia. Esperamos que continue assim”, finalizou Danilo.

O meia Thiago Galhardo deve ganhar uma oportunidade de começar no time titular do Vasco. Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Thiago Galhardo é um dos jogador mais importantes do elenco de Alberto Valentim. O meio-campista infelizmente não pôde estar em campo na final contra o Fluminense devido à um edema. Sobretudo, o meia, em entrevista após o fim da partida, destacou os principais pontos que fizeram a equipe chegar ao título.

“Acho que acertaram ao deixarem os jogadores por um pouco mais de tempo na preparação. Parabenizar a comissão técnica e o presidente Campello, principalmente por colocar a cara dele para que nós pudéssemos jogar com torcida. Contra fatos não h-a argumentos. Melhor ataque, melhor defesa e o único 100%. Título merecido. Demos o primeiro passo para a semifinal. Agora tem o returno e nós vamos tentar entrar diretamente na final”, avaliou o camisa 8.

SOBRE O EXTRA-CAMPO

“É uma coisa que a gente não quer (brigas). Se tem um lado ali que é do Vasco há tanto tempo, pra que essa briga? Acho que é desnecessário para o futebol. O torcedor que faz o clube acontecer. Desculpa o presidente do Fluminense (Abad) mas acho que ele foi muito infeliz. Parabéns ao nosso presidente, que conseguiu reverter isso. Eu, por estar de fora, não vi os primeiros 25 minutos, porque eu estava preocupado. Um perigo danado. Famílias de jogadores do lado de fora que não estavam podendo entrar. Isso não existe. O jogo começou quando a torcida entrou e a gente pôde comemorar com eles aqui, nada mais justo”.

FOI DIFÍCIL FICAR FORA DESSE JOGO?

“Todo jogador quer estar dentro de campo independente da circunstância. Em uma final então, não tem nem o que falar. A única forma que dava para extravasar era torcendo. Na hora do gol, o sentimento de cantar e comemorar acaba nos tornando em torcedor”.

O PRESIDENTE DO FLUMINENSE PREJUDICOU O PRÓPRIO TIME?

“Pode se dizer que sim. Independente da liberação da torcida deles, com todo respeito, a nossa torcida ia engolir e atropelar a deles. Lotamos o setor que eles tanto queriam pra mostrar que aquele lugar é do Vasco”.

SOBRE A LESÃO

“Fiz o teste e senti o incômodo. Para não entrar 100%, que é o que precisamos, é melhor não entrar em campo. Agora eu vou curar (o edema). Coisa rápida. Eu já estou me sentindo quase 100%, sem dor e sem nada. Agora é tratar para que neste sábado ou no próximo eu possa estar à disposição”, finalizou Galhardo.

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