Opinião: Protagonismo da arquibancada
Botafogo venceu o Corinthians por 1 a 0 e se viu livre do Z4
Mais um jogo em casa, mais um jogo no estádio Nilton Santos, mais uma vez a torcida se fez presente e mais uma vez ela fez a diferença. Domingo, 24 de novembro, às 18h a bola rolou para Botafogo e Corinthians, pela 34º rodada do Campeonato Brasileiro. O Botafogo precisava vencer para se ver cada vez mais livre da zona de rebaixamento.
Até que o gol não demorou para sair. Aos 19 minutos do primeiro tempo, com uma ótima virada de jogo que partiu dos pés de João Paulo, direto para Fernando, que cruzou para Alex Santana, que com uma ajeitada de bola um pouco estranha, tocou para Diego Souza marcar para o Glorioso. Era o gol do alívio, o gol de luz no fim do túnel, o gol que todos esperavam e precisavam.
Sorte de quem foi e presenciou um Nilton Santos diferente, com uma atmosfera sem igual, que tinha uma torcida apoiando os 90 minutos, sem parar. O jogo tinha um patamar de final, e provavelmente para aquele alvinegro carioca era, e com certeza para a sua torcida também. Uma final diferente, uma final que era composta por Ceará, Fluminense, Botafogo e Cruzeiro, disputada com sangue nos olhos, cada um precisava fazer a sua parte, e na noite de ontem, o Botafogo e a sua torcida presente na arquibancada fez mais do que isso.
O elenco é o mesmo, mas a torcida estava renovada, mais forte que nunca, apoiando que realmente precisava nessa história. Foi difícil, foi complicado, foi acirrado, foi sofrido, foi Botafogo. A torcida não queria saber de outra coisa, a não ser cantar “…ponha alma e coração, que estaremos com você…” com toda força e vontade que existia nela.
Não importava se via um jogo feio ou bonito, de estratégias ou cheio de táticas, o importante eram os três pontos, e eles vieram. Com um apito final amenizador, o torcedor botafoguense viu ali o seu jogo mais importante do final de semana terminar da melhor forma possível, indo de degrau em degrau para um futuro próximo, de momentos melhores. Ontem ela comprovou mais uma vez, que o amor que sente por um clube preto e branco, está longe do fim e que sempre que ele precisar, nos seus piores momentos, ela estará lá, cantando sem parar e que faria tudo de novo.
*Este texto não representa, obrigatoriamente, o ponto de vista da Rádio Opinião.