Braz fala sobre renovação de Jorge Jesus: “Todos os esforços serão feitos”
Em bate-papo em live da FlaTV, o vice-presidente de futebol comentou sobre a situação atual de paralisação no futebol por causa da Pandemia e afirmou que "Não depende do Flamengo, depende dos órgãos governamentais".
Marcos Braz, vice-presidente do futebol concedeu entrevista a FlaTV na noite do último sábado. Braz, que participou da conquista da Copa do Brasil de 2006, Brasileiro de 2009 e todos os títulos conquistados desde a gestão do último ano, falou sobre sua trajetória vitoriosa pelo clube. Como anda a renovação de Jorge Jesus, e as consequências que a insegurança financeira da crise de Covid-19 trás para a negociação. Além de afirmar que Flamengo esta pronto para voltar a treinar, que tomarão todos os cuidados necessários mas dependem de órgãos governamentais.
Confira um pouco do que Braz falou:
Quando o time volta a treinar no Ninho?
– Tenho certeza absoluta que todos os clubes do Brasil precisam voltar. Tem as férias dos jogadores até o dia 30 (de abril). O Flamengo está preparado, se tiver que começar os treinos, começar sem problema nenhum. Não depende do Flamengo, depende dos órgãos governamentais. O Flamengo seguirá todas as ordens e protocolos de segurança. Fizemos um protocolo interno de segurança, muito duro, consistente mas claro que esse protocolo não é suficiente. O suficiente é cumprir os protocolos e decisões do governo estadual, da prefeitura, do governo federal. Vamos aguardar o momento mais seguro. O Flamengo está comprando 600 kits de testagem para que todas as pessoas que tiveram no dia a dia sejam monitorados, na segurança por completo e dos familiares também.
Saudades
– Primeira semana até gostei, estava descansando, mas agora eu acho que já passou do momento, a vida precisa voltar ao normal. Minha saudade é enorme, tem um momento que eu acho que é mágico, quando o Flamengo sai da concentração, o caminho até o estádio, é o que eu mais tenho saudade.
Volta de Jorge Jesus
– Mesmo que volte, o Flamengo dificilmente vai treinar no dia 1º de maio. O Jorge vai chegar no dia 1 à noite. Vamos conversar com ele, ver a programação de treinos, e dois dias depois começaremos se tivermos a liberação das autoridades.
Gelo no sangue
– Nem me lembro porque usei essa expressão. Acho que a gente estava demorando a contratar e eu falei: “calma, precisamos ter gelo no sangue”. Isso pegou de uma maneira, as pessoas na rua, os próprios companheiros da diretoria brincam comigo. Viralizou demais.
Renovação do Mister
– Há um ano atrás, quando o Flamengo fez um esforço enorme financeiro para trazer ele. O Jorge veio, aconteceu o que aconteceu em relação aos títulos, se passou praticamente um ano. E tem essa situação de renovação, só que agora num quesito mais fácil, já não é tanto no escuro como lá atrás. Se o Jorge não desse certo, seria uma chacota mas deu. A gente acreditou no trabalho dele. Todos os esforços serão feitos de novo. Presidente Landim já autorizo, a gente vem conversando com calma. Mas aconteceu essa situação no mundo o euro vai para mais de R$6, isso é um fator ruim. O Flamengo ta analisando várias situações, porque um ou outro recebível, pediram um tempo para o Flamengo. Então estamos ai como toda as empresas, os clubes, fazendo as análises possíveis. O Flamengo vai fazer a parte dele mas não depende só do Flamengo, dependemos do Jorge. A situação não é fácil, não é tranquila, como não foi lá atrás, mas vai dar tudo certo, vai acontecer o melhor.
Financeiro e mercado
– Já comecei uma conversa com os jogadores em relação a parte financeira, o que iremos fazer ou não. E não tem sentido falar com jogadores, funcionários, sobre readequação e ir ao mercado para fazer análise de compra. Não é de bom senso e é isso que vou fazer. Dei uma parada. Fizemos as contratações que deveríamos no tempo certo. O Flamengo se reforçou para 2020.
Declaração do ex-presidente Bandeira de Melo sobre tragédia no Ninho
*Em entrevista, Bandeira disse que “se eu ainda fosse presidente, tenho quase certeza que não teria acontecido”.
– O Presidente Bandeira de Mello foi muito infeliz na declaração da semana passada, foi uma atitude maneira covarde, ou de mal caráter. Quem o conhece até acha que foi de mau caráter, mas eu fico com o oportunismo. Quem analisa, um jornalista, pode até falar isso, mas ele não poderia dar essa declaração, nunca, porque foi na gestão dele que contratou o contêiner, que as crianças estavam lá e que chegaram todas as notificações da Prefeitura. E desassociar, que o presidente Landim e sua diretoria, tinha 30 dias de gestão, é brincadeira. Vamos supor que o acidente tivesse sido no final desse ano ou no ano que vem, ai ele poderia falar, já teria chegado mais notificação, não foi legal essa declaração dele.
Trajetória no Flamengo e Títulos
Começou no final de 2005. A Copa do Brasil, eu ganhei como diretor de futebol em 2006, na final contra o Vasco, primeiro título nacional, contra um grande rival. Acho que ali que começaram as grandes conquistas, foi diferente essa, foi importante. Eu ainda muito novo. Depois tivemos dois títulos estaduais e eu saí. Retornei em 2009, como vice-presidente de futebol, fico mais um tempo, a gente contribui com o título Brasileiro de 2009, acho que foi um título muito legal, que o Flamengo não ganhava a 18 anos, a Copa do Brasil não ganhava a 17 anos. Fiquei 3 meses em 2010 e voltei 10 anos depois.
Grupo de 2009 deu trabalho?
Deu muito trabalho, mas não tinha o celular com câmera. Agora, tive um jogadores ali que eram um pouco de trabalho levados, o Adriano, Zé Roberto, Bruno, Pet, Álvaro, jogadores fantásticos. O Juan mais comportado, Léo Moura, O Juan mais comportado. Mas me deu trabalho mas deu tudo certo.
Pé-quente
– Tem que ter sorte também, né? A sorte vem acompanhada de outras situações. De fato, tenho alguns títulos importantes. Até uma quantidade boa. É sorte. Tem trabalho também. Sempre tive uma relação reta e transparente com os jogadores. Acho que sei tocar isso de não perder o controle, mas também não apertar.
Complemento físico dos jogadores fora do clube
– Todos os jogadores de alto rendimento, no mundo tudo, tem um profissional que acompanha os jogadores, isso não é nenhum demérito para os nossos membros da comissão técnica. Desde que o programa de fora, tenha sido seguido por todas as orientações que são feitas de maneira interna. E de maneira previa, não que a gente saiba, alguma coisa por jornais. Então se o jogador tem a necessidade de fazer um complemento, não tem problema nenhum. Eu acho muito bom esse complemento, desde que tudo seja passado para os funcionários do clube.
Fonte: FlaTV