Raí Caldato cogitou em parar de assistir F1 por causa da morte de Ayrton Senna
Depois que o Ayrton Senna morreu Raí ficou muito triste, muito abalado, ele tinha 18 anos, era um adolescente e ficou arrasado, aquilo para ele foi um choque, foi algo inimaginável. Uma dor imensa, como se aquele torcedor apaixonado por futebol, se o time dele deixasse de existir.
Com isso, ele cogitou parar de assistir, parar de ir para Interlagos, não, por revolta, mas porque doía muito para ele escutar um som de motor na TV, olhar para o grid e não ver o Ayrton e ele não conseguia imaginar ir para Interlagos e não vê-lo.
E quem lhe impediu de parar de assistir foi a sua mãe, ela disse: “de jeito nenhum, o Ayrton morreu fazendo o esporte que ele mais amava e seria muito triste. O que o Ayrton pensaria disso?
De você parar de prestigiar o esporte que ele tanto amava? Eu acho que a maior homenagem que pode fazer para o Ayrton, é continuar prestigiando o esporte que ele tanto amava”.
Depois disso ele decidiu que continuaria indo para Interlagos todos os anos, ano passado, em 2019, foi seu trigésimo GP ao vivo. E, seguindo o conselho de sua mãe, ele não se arrepende porque ele ama esse esporte, com todo o seu coração, ele tem lhe trazido muitas alegrias.
O Ayrton foi, é e sempre será seu ídolo no esporte, ‘o cara’ que acabou influenciando toda a sua vida pessoal. Acabou ajudando também na formação do caráter, dos valores, é um exemplo de garra, de determinação, ele era um apaixonado pelo que fazia.
Ele deixou a grande lição de que se você faz o que gosta, faz com amor e faz com muita fé em Deus, você chega lá. Ayrton é exemplo, é inspiração, aquela inspiração diária que quando acorda de manhã para criar um capacete, ele se lembra do piloto.
Assim como Raí se lembra do Sid Mosca e é muito grato, pois se dá conta do que ele está fazendo, é algo especial, é algo que ele sempre sonhou em fazer. Ayrton foi o norte que ele teve para fazer tudo que ele faz hoje, realizar os seus sonhos.
O recado que Raí gostaria de deixar é para que todos sigam o coração, sigam a sua paixão, pois muitas pessoas, e ele se inclui nisso também, acha que aquilo que a gente mais ama, que aquilo que a gente mais ela pode ser apenas um hobby e não, ele acha que que se você ama, se você tem uma paixão, um desejo de estar envolvido com essa paixão, com aquilo que você gosta, ele acha que você tem que correr e batalhar, porque os sonhos se realizam.
“Eu sei que parece meio clichê, meio piega, até ficar falando isso, mas a gente pode realizar sonhos sim, eu jamais poderia imaginar se você pegar dez anos, que aconteceu com o concurso do Bruno Sena se você pegar dez anos atrás e alguém me dissesse tudo que aconteceu comigo eu acho que eu ia rir da cara da pessoa, mas você tá tirando um sarro da minha cara, né? Isso não pode ser verdade”, diz Raí.
Se você gosta de aviação, você gosta de automobilismo, se você gosta de música, seja o que foi que você gosta, participe de concursos, participe de cursos, procure fazer contatos, se dedique, não deixe que ninguém diga que você não é capaz.
Ele se lembra que na época da faculdade alguns amigos falaram para ele, Raí pára de desenhar carro de Fórmula 1, pare de fazer trabalho relacionado a automobilismo, porque é impossível chegar na Fórmula 1, você tem que ter os pés no chão.
Ele nunca se esquece desse conselho que seus amigos lhe deram, provavelmente não fizeram isso por mal, mas talvez muitas pessoas acharam que Raí está delirando, sonhando demais, não está com os pés no chão, mas ele pede para não deixar os pés tocar no chão mesmo não, que é para seguir sonhando, seguir voando porque todos foram criados para serem felizes, todos foram criados para realiza-los.
“Nunca deixe de seguir o seu coração e nunca deixe de acreditar nos seus sonhos, porque fazendo com dedicação e muito amor (como dizia o Ayrton) muita fé em Deus, um dia você chega lá, de alguma maneira você chegar lá”, finaliza Raí.
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