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Atletas e paratletas de natação são inspirações de Carlos Maciel

Carlos Alberto Lopes Maciel, com 43 anos, mais conhecido como Betão nasceu em Ibicuitinga, interior do Ceará e atualmente mora em Cascavel/CE e é fã de alguns atletas e paratletas da natação, como por exemplo: Daniel Dias.

A deficiência de Carlos foi adquirida aos 12 anos de idade, pois ele sofreu um acidente na zona rural de Morada Nova quando uma trilhadeira de arroz decepou seu braço direito. Ele não morreu por um milagre.

Carlos sofreu muito com o preconceito e descriminação, pois a sua infância e adolescência foi numa localidade de perímetro irrigado de Morada Nova chamada de ” setor K”, onde não se via deficientes.

Ele foi a primeira pessoa que teve um acidente grave e as crianças tinham medo de dele pelo simples fato de não ter um membro e os pais  de outras crianças, muitas vezes, não deixavam seus filhos brincarem com Carlos.

Já na adolescência seus amigos lhe desprezavam por medo de lhe machucar. E nas brincadeiras de cirandinha, andoleta e outras eram excluídos por não ter dois braços.

A sua família sempre lhe apoiou em todas suas decisões, sendo que seus pais e irmãos lhe incentivaram a superar seus limites. Seus irmãos o levavam para o Rio Banabuiú e eles lhe ensinaram a nadar e brincar de pega -pega na água.

Seu primeiro esporte foi o atletismo. Nas provas de campo (salto em distância, lançamento disco e dardo e no arremesso do peso) de 2005 a 2007. Em 2008 ele mudou de modalidade, foi treinar natação. Já em 2010 começou fazer o paratliathlon, em 2015 começou fazer o parabadminthlon. Mas a natação era o esporte principal.

Seus ídolos são: Clodoaldo, Daniel Dias, André Brasil e Felipe, todos da natação porque lhe inspiraram a sempre acreditar em seu potencial. E foi por causa deles eu Carlos viu como uma inspiração de praticar o esporte e que também são grandes amigos.

“A natação faz parte da minha vida desde quando eu pedi o braço. Nas brincadeiras no rio Banabuiú. E quando vi o Clodoaldo fazer nas Paralimpíadas de Pequim, eu me interessei, e comecei a treinar e na primeira competição no regional Norte e nordeste eu conheci Felipe que é um S10 e no meu primeiro brasileiro conheci Clodoaldo, Daniel e André”, diz Carlos.

Carlos acredita que no próximo ano seja o ano que deixarei o alto rendimento, mas o esporte estarei participando e iniciando uma aposentadoria.

“Quanto mais você acredita que é capaz, mais longe você chegará. Pois a vida não te escolheu para ser um vencedor, e sim, você deve escolher vencer na vida”, finaliza Carlos.

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