Ayrton Senna marca a vida de Valéria Geronazzo pelo ato heróico com piloto francês em 1992
Valéria Geronazzo, nascida e ainda vivendo na cidade de Santo André/SP começou a se interessar por corridas de Fórmula 1, em meados de 1985, com 11 anos. E uma imagem que nunca irá sair de sua cabeça foi quando Ayrton Senna parou seu carro e salvou o piloto francês.
Foi justamente nessa época, em que seu pai, conseguiu com muita dificuldade, comprar uma televisão de 14 polegadas em cores. E em uma corrida em que chovia bastante, que ela enxergou um jovem, com um carro lindo nas pistas, “de cor preta e dourado” que chamou sua atenção.
“Em minha infância, me recordo que já gostava muito de velocidade. Brincava na rua com carrinho de rolimã de madeira, que meu pai fabricou para o meu irmão mais velho.
Naquela época haviam muitas crianças e adolescentes que moravam na mesma rua. Sempre nos juntávamos e desenhávamos “na rua” com “giz de lousa”, uma pista, de uma esquina a outra, para andarmos com nossas bicicletas” diz Valéria.
Uma imagem marcante e emocionante que ficou gravada e viva na memória de Valéria, também relacionado a Fórmula 1, foi quando Ayrton Senna parou sua MacLaren, em 1992, para prestar socorro a um piloto francês (Erik Comas) que teve uma batida violenta contra o muro, à sua frente, nos treinos livres, que antecederam o Grande Prêmio da Bélgica de F1. Sem dúvida alguma, foi um ato heróico, de bravura.
Seu ídolo é o eterno Ayrton Senna, pois seus princípios, valores, simplicidade, sua fé em Deus, o modo em que ele representou o Brasil, foram de extrema importância na vida de Valéria.
Era emocionante assistir, nas manhãs de domingo, as corridas de Fórmula 1, e quando ele vencia as corridas e logo na sequência todos ouviam o “Tema da Vitória”, e para Valéria, até hoje ela emociona demais, com essa época!
“O legado de Ayrton Senna será eterno! Ele me emocionava demais com sua garra e determinação e com o passar dos anos, com a transição de minha infância para minha adolescência, me ensinou a lutar e não desistir jamais dos meus objetivos de vida”, diz Valéria.
O melhor carro que Valéria viu correr foi a partir da equipe Lotus, com o piloto Ayrton Senna por causa de uma junção dos dois (carro e piloto). E com o passar do tempo, a experiência, o conhecimento, a competência que Ayrton Senna possuía, elevou a equipe Lotus a um patamar superior, do que era antes.
Nos dias atuais, Valéria não acompanha mais assiduamente, como antigamente, na época do Ayrton Senna. Ela torce para que o atual campeão da Fórmula 2, Felipe Drugovich, tenha um futuro brilhante pela frente e possa também trazer muito orgulho para o nosso país.
“Não saberia responder com precisão qual o melhor carro na atualidade, pois não acompanho mais como antigamente. Naquela época, tudo era muito mecânico e manual, desta forma, o controle que um piloto de F1 tinha que ter sobre o carro que pilotava era sem dúvida um aspecto decisivo para chegar até ao final ou até mesmo sair como um vencedor de uma corrida.
Mas posso afirmar que nos dias atuais, muita coisa foi feita, após aquele fatídico final de semana, de 1994. A tecnologia de ponta, circuitos que são redesenhados, carros que passam por testes mais rígidos, novas regras que são criadas para maior segurança dos pilotos, diz Valéria.
O recado que ela deixa é uma frase eterna de Ayrton Senna, que se encaixa perfeitamente, neste momento:
“…Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá…”(Ayrton Senna)
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