André Maurício da Silva, nascido em São Paulo/SP e atualmente vivendo em Uberlândia/MG desde pequeno começou a desenhar imagens de seus livros.
Quando André Maurício tinha 7 anos, morava em SP e não tinha amigos de sua idade, também ficava sozinho em casa boa parte do tempo, pois não podia sair para rua, enquanto não estava fazendo as “artes” de criança, ele passava boa parte do tempo desenhando as imagens dos livros da escola.
A primeira pessoa do esporte que ele pintou foi Ayrton Senna, em 2012, pois havia sido convidado a participar de um Salão de Belas Artes na cidade do Rio de Janeiro, e o tema era sobre esporte.
Ele não teve dúvida na hora de escolher, pois via no Ayrton um exemplo de superação a ser seguido, e precisava daquela motivação, pois estava cada vez mais se jogando no mundo das artes, e deixando as outras atividades que fazia, como jardineiro e garçom por exemplo.
Tem uma frase do Ayrton que André guardou consigo e que sempre passa para seus alunos:
“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, a dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz”
Foi muito bom para André participar desse evento, pois a pintura que ele fez ganhou o prêmio de melhor obra do salão. Clique aqui:
O segundo Senna que pintou também foi muito especial, pois com ele André participou de um circuito internacional passando pela Áustria, Inglaterra e Brasil. Veja aqui.
O terceiro Senna que André fez, foi premiado em um salão internacional, durante as Olimpíadas de 2016 na cidade do Rio de Janeiro, veja no link abaixo:
E agora o último que pintou, fez uma edição das filmagens, e foi o primeiro vídeo a bater um milhão de visualizações no TikTok. Clique aqui
Quando André era adolescente, por falta de sabedoria, ele começou a fumar, e algum tempo depois começou a fazer natação. Além de adorar nadar, ele cresceu nadando em rios e lagoas, em Cruzeiro da Fortaleza, (cidade que foi morar ainda criança).
Ele viu também como um incentivo a largar o vício, e deu certo, pois de fato, como ele sentia muita falta de ar durante as aulas, percebeu que tinha duas escolhas: ou era o cigarro ou a natação e sua escolha foi a natação.
Voltado para ser um esportista, era um projeto da Prefeitura de Uberaba, onde morava na época, e fazia aulas periódicas, até hoje já morando em Uberlândia, ainda faz natação 3 vezes semana no Sesi. Porém, ele não virou um atleta e continuou em que ele já fazia desde seus 7 anos (desenho). Mas agora em pinturas.
Um dos desenhos mais difíceis que André fez foi o do Pelé, porque é muito complicado desenhar “dentes”. Mas ele ficou bem satisfeito com o resultado.
Agora a pintura mais difícil que fez, com certeza foi a última do Ayrton Senna, esportista mais pintado por ele (até agora foram 4), pois fiz vestido com o macacão e capacete, e todas as escritas, costuras, cores, somadas ao desafio de captar a intenção dele deram bastante trabalho.
Já quando perguntei qual a pintura mais fácil, André respondeu assim: “Tai uma pergunta que não tem como dar resposta, todos desenhos são muito difíceis de fazer, não existe desenho fácil”.
O desenho que André mais se emocionou em fazer foi o mais recente retrato do Senna, porque foi feito num período bem especial da minha vida profissional.
Atualmente André está abrindo um ateliê novo (tem 3 meses de sua inauguração), pois seus antigos ateliês quase sempre tinham sido divididos com sua casa: na garagem, sala, ou em um cômodo, mas sempre tudo no mesmo local, e agora ele tem seu próprio ateliê, com vários alunos e produzindo mais do que nunca.
Para mim são duas superações: uma de viver só da arte em nosso país, e segunda; a de executar esse trabalho tão difícil, pois já até havia feito outro em 2016, só que menor e sem colocar as letras.
E essa emoção foi sentida, nesse sentimento de dedicação para ver um sonho realizado, pois o modelo vivenciava esses momentos de superação, de fazer muito com o pouco. Como foi o caso de Ayrton quando ganhou a corrida de Interlagos, em 1991, pois venceu apenas com uma marcha.
André era um menino, tinha só 06 anos na época, mas ao ouvir e ver os vídeos dessa história, se inspirou a superar suas dificuldades e limitações, inclusive realizando seu retrato.
Seu primeiro ídolo está dentro de casa: sua mãe. Ela ficou viúva com 3 filhos, aos 24 anos, e foi trabalhar na roça para nos sustentar, uma história que ele guarda e conta sempre: quando seu pai morreu, ele tinha só 1 ano, era o caçula de 3 irmãos (Anderson e Andréia).
Todos voltaram para Cruzeiro da Fortaleza (terra de seus avós maternos) e como sua mãe tinha poucos estudos foi trabalhar na colheita de café para nos sustentar, e no final do dia, com as mãos calejadas e na carne viva, o patrão dissera para ela que essa mulher não valia nada de serviço, “que não fazia nem para o sabão”, mas ela continuou se esforçando e empenhando, e em pouco tempo trabalhava mais do que muitos homens.
“É claro que não posso deixar de mencionar todos os ídolos, principalmente os do esporte, que superaram todas suas dificuldades, sejam econômicas, de saúde para dar a volta por cima, como o Pelé, Ronaldo Fenômeno, Anderson Silva, Richarlison, o próprio Ayrton, entre outros tantos outros, que me inspiro muito com suas histórias”, conta André.
André termina deixando o recado: “Se Deus te deu um sonho, é porque tem a capacidade de realizar, lembre-se de que você é brasileiro, e brasileiro não desiste nunca.
Acredite, mas não espere cair nada do céu, e também não culpe ninguém por suas dificuldades, se esforce, dedique com fé, paciência e perseverança, com certeza com ajuda de Deus (que sempre recebemos), apoio dos amigos e familiares (e mesmo não tendo), conseguirá superar suas dificuldades e realizar seus sonhos”.
Vejam aqui abaixo todas as pinturas feitas por André Maurício:
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