Wanessa Dias só assistia F1 enquanto Ayrton Senna estivesse na pista
Wanessa de Kássia da Silva Dias, com 34 anos, nascida em Goiânia/GO e vivendo em Aparecida de Goiânia começou a assistir F1 desde quando tinha uns 3 aninhos e já adorava assistir Ayrton Senna correr.
Wanessa viu o Senna com a admiração de uma criança de 3 aninhos, começando cedo na F1, ao ponto de acordar o pai, pois queria ver o Senna. Se o piloto brasileiro não terminasse uma corrida (por qualquer motivo), ela largava a corrida (risos).
O pai logo questionava: “- Ué não vai terminar de ver a corrida?” E ela, na inocência de criança, dizia que não, havia acabado sim, pois o Ayrton Senna havia saído. Fazia tudo para não decepcioná-lo, sua mãe ameaçava escrever para ele caso ela não quisesse fazer uma tarefa de matemática por exemplo. AHH Detalhe importante, no 2° grau só fazia prova com uma foto dele na mesa. Os professores acabaram cedendo a esse “capricho”.
Quando criança/adolescente Wanessa pensou em correr, pois amava velocidade, como ama até hoje, porém não tinha dinheiro para realizar esse sonho. Mas sua primeira vez no S do Senna foi muita emoção, e também a primeira Fórmula1 ao vivo. Foi inesquecível, porém ela lamenta do piloto já não estar mais aqui.
“Meu ídolo é Ayrton Senna, pelo seu caráter, por tudo que ele viveu, lutou e venceu para chegar onde chegou. Muitos creem que foi tranquilo, mas sei das lutas dele. A dificuldade com o idioma, fazer comida, em conseguir se mostrar eficiente e aturar perseguição dentro da F1”, diz Wanessa.
Depois que Senna morreu Wanessa ficou um ano sem ver assistir F1, por trauma, pois ela tinha apenas 8 anos e havia perdido sua referência, depois do seu pai.
Hoje apontar um é complicado, tudo mudou, a F1 está cheia de mi-mi-mi, mas ela gosta bastante do Hamilton, pois o estilo de guiar dele lhe agrada muito.
Senna foi mais que um ser humano comum para Wanessa, pois lhe ensinou valores do tipo: ou faz bem feito ou não faça, corra atrás do seu objetivo, ensinou a amar seu país, a ter orgulho de ser brasileira, lutadora, fazer parte de um povo que não desiste fácil.
“Boas e más temporadas sempre vão existir e acompanhem todas para terem parâmetros e quando vierem as boas temporadas vocês descobrirem a emoção de torcer, de vibrar, de ir a um autódromo, acreditem é uma realização única”, finaliza Wanessa.
LEIA MAIS
Carlo Charlier e seu caminhão com foto de Ayrton Senna
Raí Caldato cogitou em parar de assistir F1 por causa da morte de Ayrton Senna